China e Grã-Bretanha lideram lista dos principais credores de Angola

     Economia           
  • Luanda     Sexta, 14 Maio De 2021    19h31  
Bandeira de Angola
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Nelson Malamba

Luanda - A China e a Grã-Bretanha são os principais credores de Angola, detendo cerca de 68,9 por cento do total da dívida pública do País, segundo relatório da balança de pagamentos e posição do investimento internacional divulgado pelo BNA.

De acordo com o relatório publicado pelo Banco Nacional de Angola (BNA), que reporta dados registados no IV trimestre de 2020, o valor total dívida de Angola situou-se em USD 68 286,1 milhões, contra os USD 68 320,5 milhões do III trimestre, representando uma ligeira redução de cerca de USD 34,4 milhões.

No que concerne ao stock da dívida externa pública por país, nos gráficos, a China aparece em primeiro lugar com 43,9 por cento contra os 43,6 por cento registados no III trimestre de 2020, enquanto a Grã-Bretanha segue com 25 por cento, observando-se ligeiro decréscimo em relação ao período anterior que foi de 25,6 por cento.

Seguem-se as organizações internacionais (11,4%), Israel (4,4%), Irlanda (2,5%), Portugal (1,8%), Espanha (1,7%), Estados Unidos da América (1,5%), Japão (1,5%),  Franca (1,2%) e outros países (5,3%).

Por sua vez, a dívida externa pública (Governo e sector público empresarial) registou um desagravamento ao atingir 50 114,5 milhões de Dólares americanos no trimestre em referência, contra USD 50 458,4 milhões no III trimestre de 2020.

Investimento externo

No mesmo período, o stock do investimento angolano no exterior foi de USD 3 238,6 milhões investidos, maioritariamente em Singapura, Ilhas Maurícias, Ilhas de Man, Portugal e São Tomé e Príncipe.

A Singapura recebeu um investimento de USD 1 071,0 milhões, as Ilhas Maurícias (USD 725,2 milhões), Ilhas de Man (USD 297, 0 milhões), Portugal (USD 452,3 milhões), São Tomé e Príncipe (USD 45,7 milhões), Cabo Verde (USD 23,4 milhões) e outros países (USD 4,4 milhões).

O documento refere ainda que a posição líquida do investimento internacional, no IV trimestre de 2020, registou uma melhoria do seu saldo deficitário de USD 32 104,0 milhões contra os USD 32 984,2 milhões do III trimestre, justificado pela redução dos passivos numa magnitude superior à redução dos activos financeiros.

Comparativamente ao ano de 2019, a posição líquida do investimento internacional deteriorou-se 6,4 por cento, ao passar de USD 30 178,0 para USD 32 104,8 milhões.

A descrição da posição líquida do investimento internacional é feita por activos e passivos que por sua vez cobrem investimento directo, de carteira derivados financeiros e outro de investimento activos de reserva.





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