Comercialização de gás regista queda de 37,48% no mercado internacional

     Economia           
  • Luanda     Quinta, 25 Abril De 2024    18h07  
Sistema de produçāo de gás no projecto ANGOLA LNG, município do Soyo
Sistema de produçāo de gás no projecto ANGOLA LNG, município do Soyo
Manuel Zamba - ANGOP

Luanda – As exportações do gás angolano, no primeiro trimestre deste ano, totalizaram 966 mil e 394 toneladas métricas, avaliadas em 393 milhões 600 mil e 348 dólares norte-americanos, o que representou uma redução no valor da venda de 37,48%, comparativamente ao último trimestre de 2023.

A queda das receitas desse produto, composto pelo Gás Natural Liquefeito (LNG, sigla inglesa), Butano e Condensados, deveu-se aos preços baixos observados no mercado internacional, ao longo do período em análise, de acordo com o secretário de Estado para Petróleo e Gás, José Barroso.

Ao discursar esta quinta-feira, em Luanda, a propósito da reunião de apresentação de resultados das empresas petrolíferas, referente ao primeiro trimestre deste ano, o dirigente disse que o volume das exportações desse produto registou um aumento de 0,55%, em comparação ao quarto trimestre do ano passado.

Do total das exportações angolanas, o LNG contribuiu com 750,287 mil toneladas métricas (77,64%), Butano (220,52 toneladas métricas), Propano (181,941 mil) e Condensados (33,946 mil).

Quanto aos destinos, o LNG foi exportado, maioritariamente, para a Índia (54,65%) Itália (18,06%), Tailândia (9,37%), Holanda (9,04%) e Reino Unido (8,88%), enquanto o Propano foi para EUA (11,40%), China (11,23%) e Portugal (5,05%) e o Butano foi exportado para a Namíbia.

No último trimestre de 2023, o sector registou exportações de 961 mil e 153 toneladas métricas de gás, o que resultou na facturação de 629 milhões 572 mil e 797 dólares.

No entanto, a exportação de 966 mil e 394 toneladas métricas no quarto trimestre de 2024 representou uma diminuição de 15,78%, em relação ao primeiro trimestre de 2023, que registou a venda de um milhão 147 mil e 500 toneladas métricas e possibilitou a arrecadação de 970 milhões 269 mil e 767 de dólares.

Até Novembro de 2023, 30 países importavam e consomiam o Gás Natural Liquefeito angolano, produzido pela fábrica Angola LNG, num universo de cerca de 20 países que produzem e exportam esta commodity no mundo.

Para além de fazer parte desta pequena lista de países produtores e exportadores do gás natural, a Angola LNG, com uma capacidade instalada para produzir 5,2 milhões de toneladas métricas por ano, representa mais de 1% da produção mundial.

Ou seja, dos cerca de 400 milhões de toneladas de gás produzidas por esses países, em 2022, por exemplo, Angola contribuiu com mais de 1% da sua produção, exportado para mais de 25 nações, num conjunto de cerca de 47 países importadores deste produto no mundo, segundo Angola LNG.

Para além da apresentação das realizações feitas pelas petrolíferas que operam em Angola e pela concessionária nacional ANPG, ao longo dos primeiros três meses deste ano, a reunião de balanço denominada “Outlook” prossegue até esta sexta-feira (26), dia reservado para análise e perspectivas do mercado de petróleo e gás. QCB/VC



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