Construção da barragem do Cafu termina em Dezembro

     Economia           
  • Cunene     Quinta, 28 Janeiro De 2021    12h32  

Ondjiva – A construção da Barragem do Cafu, uma das três aprovadas pelo Executivo, no âmbito dos projectos estruturantes para combate à seca na província do Cunene, terminam em Dezembro deste ano.

A obra contempla a construção da central de captação de água a partir do rio Cunene, sistema de bombagem e três canais adutores com uma extensão de 158 quilómetros, cujo traçado saíra de Cafu até Cuamato.

Prevê igualmente a construção de 30 chimpacas (reservatório tradicional de água nas zonas rurais).

Orçada em 136 milhões de dólares, a infra-estrutura teve o lançamento da primeira pedra em Novembro de 2019, mas registou uma quase paralisação devido a pandemia da Covid-19, tendo sido retomada a 9 de Outubro de 2020.

Em entrevista hoje à Angop, o director nacional de Recursos Hídricos, Manuel Quintino, pontualizou que já foi feito o desmatamento de 50 por cento do percurso dos canais, após o levantamento topográfico do traçado e estudos dos solos.

O projecto vai beneficiar mais de duas mil famílias, 500 mil animais e a  irrigação de  cinco mil hectares de campos agrícolas.

Dois projectos esperam financiamento

Para resolver o problema da seca cíclica na província do Cunene, o Executivo gizou três projectos, mas dois ainda aguardam por financiamento, de acordo com Manuel Quintino, apesar de terem sido já assinados os contratos de consignação.

Trata-se da barragem do Calucuve, que contempla a construção de um sistema de captação a partir do rio Cuvelai e canal de 111 quilómetros da  comuna da Mupa ate á cidade de Ondjiva.

O mesmo deverá beneficiar cerca de 81 mil pessoas, 182 mil cabeças de gado e uma área irrigável estimada de 2.600 hectares.

A terceira obra tem que ver com a edificação da barragem do Ndúe, a partir do rio Cuando.

A mesma será construída no município do Cuanhama e envolverá 15 chimpacas e um canal adutor de 75 quilómetros, para permitir o fornecimento de água às localidades de Luapua, Londe e Embundo.

Prevê beneficiar 55 mil pessoas, 600 mil cabeças de gado e uma área de irrigação de nove mil e 200 hectares.

Na base destes projectos está a situação da seca registada 2018 na província do Cunene, que afectou 880 mil e 172 pessoas e mais de um milhão de cabeças de gados, maioritariamente bovino, dos quais 30 mil morreram.

 





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