Ondjiva - Consumidores da província do Cunene defenderam esta sexta-feira maior actuação da Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA), de modo a regular a especulação dos produtos da cesta básica, verificado desde o princípio do mês de Junho nos mercados locais.
Relativamente ao mês de Maio, o saco de açúcar de 50 quilogramas está a ser comercializado no valor de 29 mil 500 kwanzas contra 21.500, o óleo alimentar a caixa custa 18.600 kwanzas contra 12 mil 600.
O arroz 15 mil e 200 kwanzas, antes estava a 10.500, a caixa de massa alimentar, com o valor anterior de kz 3900, passou para cinco mil 500, enquanto que a farinha de milho passou de seis mil 200 kwanzas para kz oito mil 700.
Relativamente aos frescos, a caixa de peixe carapau de 30 quilos passou de 22 mil kwanzas para 41 mil 300, frango inteiro passou de 17 mil kwanzas para 23 mil e 900, caixa de coxa de frango 10 kg saiu de 11 mil kwanzas para 14 mil e 100 e a galinha rija saiu de 16 mil kwanzas para 21 mil 300.
Em declarações à ANGOP, os consumidores apontaram maior acção da ANIESA, visando a estabilidade e uniformização dos preços dos produtos da cesta básica como forma de travar a subida e oscilações actuais.
O funcionário público João Baptista Demulingila disse que tem sido difícil fazer-se planos com os recursos disponíveis, porquanto os preços dos produtos essenciais alteram diariamente nos mercados.
Disse que a situação está pesanda no bolso das famílias, razão pela qual apela às autoridades a estarem mais atentas, redobrando a acção de fiscalização para garantir a sobrevivência das famílias.
Matilde Shilumbo alerta às autoridades competentes para tomarem medidas que visam prevenir a especulação de preços, sublinhando que a subida do preço da gasolina não justifica o aumento dos produtos.
A mesma realça ser fundamental a inspecção rigorosa dos estabelecimentos comerciais, porque os produtos que estão a ser vendidos foram adquiridos há bastante e não justifica o câmbio ou subida de petróleo.
O professor Nicósio Ndevama apontou o exagero de todos os bens que conformam a cesta básica, sublinhando que actualmente estão com preços duplicados em relação ao mês de Maio.
No seu entender, a situação é incompreensível porque não há razões dos preços subirem de forma brusca, facto que exigirá de quem de direito fazer um pronunciamento, de modo a salvaguardar o poder de compra das famílias.
Vitória Ndeshituae defende uma fiscalização mais actuante por parte dos órgãos afins, para impedir que cada comerciante pratique preços abusivos, até certo ponto lesivos aos direitos dos cidadãos.
Segundo ela, o grande problema reside no facto de, normalmente, os preços de uma semana já não serem os mesmos no mês seguinte, o que contribui sempre na redução do poder de compra das famílias.
Por seu turno, o representante da ANIESA, Lisdario Alberto, assegurou que o sector vai redobrar, no decorrer desta semana, as acções de fiscalização para travar a especulação de preços no mercado.
Disse que as equipas multi-sectoriais estão no terreno para monitorar os vários pontos de vendas de diferentes produtos, onde muitos dos agentes furtaram-se em apresentar as notas de aquisição de produtos, o que constitui uma contra infracção na actuação da ANIESA
Esclareceu que a versão da subida dos preços por parte dos comerciantes consiste na aquisição de determinados produtos, considerados de preços livres, mas que é necessário a nota de aquisição para auferir até que pontos foram taxados.
Para o responsável, a alta de preço da gasolina ou divisas, não pode servir de justificativa para o aumento desordenado dos preços dos produtos da cesta básica".
A província compreende os municípios do Cuanhama, Cahama, Curoca, Cuvelai, Namacunde e Ombadja. É nesta província que o rio Cunene ganha o seu nome.FI/LHE/AC
