Cooperativa 11 de Novembro cria projecto-piloto de aquicultura

     Economia           
  • Cunene     Segunda, 05 Setembro De 2022    17h33  
Pesca artesanal
Pesca artesanal
José Cachiva

Ondjiva - A cooperativa de pescadores "11 de Novembro", localizada em Calueque, município de Ombadja, província do Cunene, está a desenvolver um projecto-piloto da prática da aquicultura, com a escavação de dois tanques dos seis previstos.

Com a implementação deste projecto, desde 2021, espera-se uma produção de 15 a 20 mil peixes, tendo sido lançados os alevinos, para processo de reprodução e engorda.

A informação foi prestada esta segunda-feira, à ANGOP, pelo Presidente da cooperativa, David Kassanga, realçando que a par da pesca artesanal, a aposta da cooperativa passa pelo fomento da aquicultura com a abertura de tanques para a reprodução de várias espécies de pescado.

David Kassanga disse que apesar da captura ser em pequenas quantidades, o pescado surge como excelente oportunidade de negócio.

Pescadores carecem de artefactos de pesca

Entretanto, pescadores organizados em associações da povoação de Calueque, debatem-se com problemas de falta de embarcações e outros artefactos, para desenvolver melhor a actividade piscatória.

Com uma média de captura anual de 280 toneladas de pescado diversos, a insuficiência de material, com realce para chatas e redes de pesca, os níveis de pescado têm reduzido paulatinamente.

As espécies mais predominantes são o quimaia, bagre e o bokundo e têm como destino a vila do Xangongo e as cidades de Ondjiva, Lubango e Huambo.

David Kassanga disse que a última vez que beneficiaram de equipamentos foi em 2010 e de lá para cá os pescadores têm recorrido ao fabrico de canoas tradicionais, compra de redes no mercado de Benguela e Namibe.

Jacob Cameia, pescador há 27 anos, disse que as margens do rio Cunene possuem grandes potencialidades para o fomento da pesca, mas a inexistência de material impossibilita a realização da actividade em grande escala.

Disse que por falta destes meios, os pescadores recorrem a canoas artesanais e redes remendadas, solicitando ao Executivo apoio de pequenas embarcações a motor, rede, azuis e outros artefactos para o fomento da actividade.

A chefe de departamento das Pescas no Cunene, Elizabeth Mupole, justificou que há mais de 15 anos que a província não dispõem de meios para distribuição aos pescadores, limitando-se apenas em visitas de acompanhamento.

Fez saber que o gabinete está a trabalhar com as administrações municipais, para que no quadro do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate a Pobreza (PIDLCP), encontrar formas de financiar projectos de índole piscatória.

Apontou como  principais áreas piscatórias as localidades de Calueque, Cafu, Xangongo, Naulila (Ombadja), Ruacaná e Chitado (Curoca), Calonga e Mukolongodjo, (Cuvelai) onde os pescadores aproveitam os cursos de água do rio Cunene e Cuvelai.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





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