Benguela– Várias cooperativas de pesca artesanal, na província de Benguela esperam apenas a “luz verde” do Plano Nacional de Fomento das Pescas (Planapescas), já aprovado pelo Governo, para financiamento dos seus projectos, soube a ANGOP.
Aprovado em 2022, no âmbito da estratégia do Executivo angolano de desenvolvimento do sector produtivo, o Planapescas tem disponível um pacote financeiro de 144 mil milhões de kwanzas, para o aumento da produção do pescado e sal no país, nos próximos cinco anos.
Em declarações à ANGOP, o director do Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas, José Gomes da Silva, assume que, tão logo haja luz verde, as cooperativas que necessitam de financiamento para aquisição de embarcações poderão recorrer ao Planapescas.
Para o responsável, este programa será como um “trampolim” para a revitalização das pescas em Benguela, a fim de dar respostas às necessidades dos pescadores organizados em cooperativas.
Apontando as vantagens que o Planapescas irá trazer para a província, embora não tenha precisado os valores previstos, José Gomes da Silva referiu que os projectos de investimento na pesca industrial e semi-industrial também fazem parte do pacote.
Até ao momento, disse, cerca de 100 jovens estão já inscritos, tendo em vista a possibilidade do financiamento pelo Planapescas, para que possam desenvolver a actividade pesqueira.
“Estamos a sensibilizar a organizarem-se e penso que, com esses programas, vamos dar vazão, por ser um compromisso do Governo”, acentuou, destacando como objectivo principal apoiar as cooperativas na área de pescas e fazer com que os seus projectos saiam da gaveta.
Prevê que o Planapescas, à semelhança do Planagrão, irá contribuir sobremaneira na revitalização das cooperativas e associações de pesca.
Daí ter chamado atenção dos jovens interessados para que estejam organizados, porque só desta forma é que o Governo irá conceder os apoios financeiros de que necessitam.
Por outro lado, afirmou que o Ministério das Pescas e Recursos Marinhos tem delineados outros projectos, em sua carteira, para financiar jovens em termos de entrega de embarcações para desenvolver a actividade pesqueira.
Ainda sobre o Planapescas, o Executivo prevê um crescimento médio anual pesqueiro na ordem dos 4% e do sal dos 15%, ou seja, a produção pesqueira poderá passar das actuais 596 mil toneladas para 750 mil toneladas, em 2027.
Já na produção de sal, projecta-se um volume de 472 mil toneladas contra as actuais 201 mil toneladas, nos próximos cinco anos.
Na província de Benguela, estão registadas 61 cooperativas de pesca artesanal, envolvendo mais de 14 mil pescadores que movimentam aproximadamente 2.500 embarcações nas diferentes artes de pesca. JH/CRB
