Corredor do Lobito representa oportunidade ímpar para o sector privado - UE

     Economia           
  • Benguela     Sexta, 07 Julho De 2023    15h56  
Caminho de Ferro de Benguela (CFB), parte do Corredor do Lobito
Caminho de Ferro de Benguela (CFB), parte do Corredor do Lobito
ANGOP

Lobito – O Corredor do Lobito representa uma oportunidade ímpar para o sector empresarial privado alavancar os seus negócios, considerou, nesta cidade, a embaixadora da União Europeia (UE) em Angola, Jeannette Seppen.

Segundo a diplomata, que falava à ANGOP a propósito da transferência da concessão dos serviços ferroviários e da logística do Corredor do Lobito a um consórcio privado, o potencial económico  deve ser melhor explorado pela classe empresarial.

Jeannette Seppen considera ser, também, necessário investir-se no desenvolvimento do capital humano, bem como criar-se incentivos/projectos para a diversificação da economia em Angola.

Adiantou que a cooperação entre a UE e Angola vai ser reforçada no sentido de ajudar na materialização dessa grande prioridade do Governo, a diversificação da economia, assim como serão reforçados os laços de amizade entre os povos.

“A União Europeia vai continuar a ser um parceiro importante de Angola, apesar dos vários desafios, tanto em termos de investimentos públicos, como de investidores privados”, disse.

Entretanto, o Presidente do Conselho de Administração do grupo Eventos Arena, Bruno Abernaz, considera que a classe empresarial angolana deve estar preparada para os novos desafios que o Corredor do Lobito vai proporcionar.

Bruno Abernaz afirmou que a gestão privada do corredor vai permitir gerar não só negócios, mas também oportunidades de empregos, receitas para o Estado, o que permitirá aliviar o investimento público para manutenção de mais de mil quilómetros de linha férrea, assim como vai beneficiar de forma directa a população ao longo do traçado.

Já o empresário António Manuel Monteiro, um dos maiores produtores de banana na província de Benguela, disse que a exportação desta fruta continua a bom ritmo e com mais probabilidade de crescimento com o corredor em plena operacionalidade.

Segundo António Manuel Monteiro, a Zâmbia é uma grande potência regional na produção de milho e outros cereais, pelo que os benefícios serão colectivos, com mercadorias a circular de um lado para o outro.

O empresário disse que neste momento a província de Benguela exporta a sua banana apenas para Namíbia, mas, com a entrada em cena do Corredor do Lobito, perspectiva-se um aumento na produção.

A cerimónia oficial de transferência da concessão dos serviços ferroviários e da logística de suporte do corredor ao consórcio “Lobito Atlantic Railway”, formado pelas empresas Trafigura da Suíça, a Mota-Engil de Portugal e a Vecturis SA da Bélgica, decorreu na última terça-feira (4) e foi testemunhada pelo Presidente da República, João Lourenço, e seus homólogos das Repúblicas da RDC, Félix Tchisekedi, e da Zâmbia, Akainde Hichilema, respectivamente. CRB





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