Caála – Alguns criadores de gado bovino no município da Caála, província do Huambo, estão a furtar-se de vacinar os animais contra febre aftosa, apesar de as autoridades estarem a implementar campanhas rotineiras e gratuitas de vacinação.
As autoridades veterinárias da municipalidade previam vacinar, na presente campanha, perto 89 mil 247 bovinos, porém apenas 29 mil cabeças de gado chegaram a ser imunizados, enquanto outras 60 mil 247 perderam a rotina, alegadamente por questões culturais dos criadores.
O director da Agricultura, Pecuária e Pesca no município da Caála, Avelino Calupeteca, disse à ANGOP, esta quarta-feira, que a situação tem estado a preocupar as autoridades locais e a população, que utiliza o gado para o cultivo agrícola, pois a imunização visa preveni-los de doenças mais comuns.
Segundo o responsável, normalmente os criadores de gado bovino se recusam a levar todos animais para as campanhas de vacinação, alegadamente por criar fraqueza e infertilidade aos animais.
“Se o criador tiver dez cabeças de gado bovino, apenas leva cinco às mangas de vacinação, daí a prevalência de doenças bovinas no município da Caála”, disse o responsável.
Para inverter o quadro, disse, as autoridades locais devolvem uma intensa campanha de sensibilização sobre a importância da vacina e do tratamento convencional dos bovinos, visando o fortalecimento da actividade agro-pecuária.
Avelino Calupeteca informou que durante a presente campanha de vacinação, iniciada no passado dia 15 e com o término previsto para 30 deste mês, foram vacinados apenas 20 mil bovinos dos 89 mil 247 previstos pelas autoridades veterinárias.
O responsável disse que o fraco interesse dos criadores constitui um perigo para a saúde do gado e, ao mesmo tempo, dos consumidores da carne de vaca.
Em 2021, haviam sido vacinadas perto de 25 mil cabeças de gado bovino no município da Caála, cuja sede está localizada a 23 quilómetros a Oeste da cidade do Huambo.
