Carência de técnicos dificulta actividade do Inadec

     Economia           
  • Cuanza Norte     Terça, 22 Dezembro De 2020    15h34  

Ndalatando - A carência de técnicos e a falta de representação do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec) em municípios da província do Cuanza Norte, está a dificultar a actividade desta instituição na região, principalmente no período da quadra festiva.

Em declarações à Angop, na cidade de Ndalatando sobre a actividade do Inadec na circunscrição, Marcelino Ngola, um dos responsáveis da instituição na região, disse que o instituto conta apenas cinco técnicos para atenderem a província do Cuanza Norte, número insuficiente para satisfazer a demanda.

Referiu ainda que o Inadec possui representação em apenas dois dos 10 municípios da província do Cuanza Norte, nomeadamente Cazengo e Quiculungo.

“Com essas condições não conseguimos realizar um trabalho eficaz de atendimento imediato das denúncias de violação de direitos dos consumidores a nível da província do Cuanza Norte”, admitiu.

Apontou o município de Cambambe, considerado o segundo mais desenvolvido economicamente da província do Cuanza Norte, como o mais preocupante para o Inadec, por inexistência de uma sede para atender atempadamente as reclamações dos consumidores.

Deu a conhecer que a instituição recebe em média por dia 10 denúncias de consumidores, principalmente dos municípios de Ambaca e Cambambe, respectivamente.

Frisou que a escassez de técnicos e de meios têm estado a inviabilizar a mediação célere dos conflitos entre comerciantes e consumidores.

Esta realidade, pontualizou, é minimizada com a realização de visitas periódicas de equipas multissectoriais, integradas por especialistas do Inadec, da Saúde, da Inspecção Geral do Trabalho (IGT) do Serviço de Investigação Criminal e do Gabinete para o Desenvolvimento Económico Integrado.

Segundo o técnico, estas equipas analisam a certificação da estabilidade dos preços, a qualidade e prazo dos produtos, as condições de higiene e segurança no trabalho, principalmente nesta época natalícia.

Apontou os armazéns de venda de bens alimentares e os supermercados como os principais alvos da actividade fiscalizadora do Inadec, a par das farmácias, onde têm sido detectadas com alguma frequência produtos com data de validade vencida ou em mau estado de conservação.

Esses produtos, ressaltou, que depois de apreendidos são sujeitos à incineração.

Alguns cidadãos interpelados pela Angop mostraram-se preocupados com o aumento vertiginoso dos preços de produtos básicos, em vários estabelecimentos comerciais, por razões desconhecidas.

O cidadão Domingos Manuel mostrou-se agastado com o aumento do preço de certos produtos como o arroz, antes comercializado a 12 mil kwanzas passou para 13.500 kwanzas, o litro de óleo de 900 kwanzas para 1.100 kwanzas, o quilo do feijão antes mil, agora custa 1.500 kwanzas, 10 quilos de sal passou de cinco mil para 8 mil kwanzas.

Já Joaquina Mundundo disse estar igualmente o aumento do preço de produtos frescos.

A caixa de coxa, precisou, antes comercializada a 9.500 kwanzas, custa agora 11 mil, já a caixa de peixe carapau passou de 30 para 38 mil kwanzas.

Os cidadãos solicitaram a intervenção das autoridades para maior fiscalização dos preços, de modo a se evitar especulações.

 





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