Cyril Ramaphosa encoraja comércio entre estados africanos

     Economia           
  • Luanda     Terça, 16 Novembro De 2021    13h14  
Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa
Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa
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Durban (Dos enviados especiais) - O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, encorajou a promoção do comércio entre os países africanos, com base no fortalecimento da sua base industrial e produção de bens para mercados dentro e fora do continente.

Ao intervir na abertura da II Edição da Feira Intra-Africana de Comércio, em Durban, África do Sul, Cyril Ramaphosa sublinhou a necessidade dos países africanos deixarem de ser exportadores de matéria-prima e importadores de produtos acabados feitos com as matérias-primas saídas de África.

“Não podemos mais ter uma situação em que África exporta matérias-primas e importa produtos acabados feitos com essas matérias”, defendeu.

O que não se quer, prosseguiu Cyril Ramaphosa, é uma situação em que os recursos de África proporcionem empregos e valor agregado em outras economias, enquanto os povos do continente vivem na pobreza e em condições  de subdesenvolvimento.

Durante o evento, iniciativa do Afreximbank, o Chefe de Estado considerou fundamental que ao nível dos países do continente o comércio entre Estados seja cimentado.

No entender de Cyril Ramaphosa, o comércio inter africano apresenta-se como um desafio aos fabricantes do continente e para a promoção dos produtos “Made in Africa”.

Para que essa mudança se opere, o Estadista considerou imprescindível que se mude a relação comercial “distorcida que existe entre os países africanos e o resto do mundo”.

Para o Presidente sul-africano, dois desenvolvimentos chave de significado global podem servir de estímulo para que a África aja em uníssono. O primeiro é a pandemia da Covide-19 e o segundo é a criação da Zona de Livre Comércio Continental Africana (ZLCCA).

Adiantou que tudo isso ajudará o continente a absorver os 10 a 12 milhões de jovens africanos que anualmente buscam ingressar no mercado de trabalho.

Para isso, o ZLCCA deve ser sustentado por regras fortes, ambiciosas e exigir um nível muito alto de valor agregado no  continente.

Na sua intervenção, Cyril Ramaphosa defendeu a criação de um mercado grande o suficiente para atrair investidores de todo o mundo, para instalar unidades de produção no continente.

Afirmou que a África do Sul está pronta para trabalhar em colaboração com todos os países africanos, a fim de estabelecer relações comerciais mais equilibradas, equitativas e justas.

A mesma garantia foi dada pelos dos presidentes da Zâmbia, Hakainde Hichilema, do Zanzibar, Hussein  Ali  Mwinyi, do Malawi, Lazarus Chakwera,do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, e da Nigéria, Muhammadu Buhari, que discursaram na cerimónia de abertura da Feira.

O Presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, defendeu neste evento, que a África reforce as trocas  comerciais entre os países, apontando a necessidade do reforço e melhoria das  infra-estruturas, sobretudo rodoviárias.



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