Mais de 4 mil populares abandonam áreas de risco de inundações em Massangano

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  • Cuanza Norte     Domingo, 07 Janeiro De 2024    08h01  
Pormenores de uma das Aldeias de Massangano durante as cheias
Pormenores de uma das Aldeias de Massangano durante as cheias
Cedida

Dondo – Quatro mil e 46 populares que habitam nas margens do rio Kwanza, na comuna de Massangano, província do Cuanza-Norte, começaram a abandonar as suas residências para evitar riscos de inundações resultantes das descargas das albufeiras das barragens de Laúca e Cambambe.

Trata-se das localidades de Carinda, Ngolo, Cambondo, Cassequel, Kixingango, Lola, Maculumbi, Mulende e Musseque Cariapuco.

 A informação foi prestada, esta sexta-feira, no Dondo, pelo administrador municipal de Cambambe e coordenador da comissão local de protecção civil, Adão António Malungo.

Segundo o responsável, a administração está desprovida de meios para acudir aquela população, que aguardava apreensivamente pelo momento da abertura das comportas das barragens de Laúca e Cambambe.

No total, 674 residências e igual número de famílias dessas localidades poderão ser afectadas pelas  inundações.

Por falta de meios de acolhimento na área, muitos populares estão a abandonar,  por conta própria, as suas  habitações e estão a ser alojados temporariamente em casas de parentes ou arrendadas, no Dondo, sede do município.

Desconhece-se, até agora, o número de populares que já deixaram as localidades com riscos de inundações. 

A abertura das comportas das duas barragens estava prevista para quinta-feira antes de ser reagendada para sexta-feira.

Estas descargas acontecem todos os anos, entre Outubro e Abril, com vista à regularização do volume de água nas barragens, mantendo a quantidade suficiente para o seu normal funcionamento.

 Em 2023, mais de oito mil populares viram as suas residências e campos de cultivos inundados, por causa das cheias do rio Kwanza, provocadas pelas descargas das albufeiras das referidas barragens.

A ANGOP constatou sexta-feira que o nível de águas se mantinha estável, até então, numa altura em que os camponeses que cultivam nas margens do rio Kwanza, à jusante da barragem de Cambambe, aceleravam a retirada dos produtos, em fase de maturação, para evitar prejuízos em caso de cheias.

Uma fonte da Empresa de Produção de Electricidade (PRODEL) assegurou que a abertura das comportas da barragem de Cambambe está dependente da quantidade de água a ser libertada pela de Laúca, cuja cota considerou, ainda, normal.

A mesma fonte acrescentou que Laúca só será aberta caso as chuvas continuem a cair com intensidade, nas províncias do Bié e de Malanje, mas as consequências no baixo Kwanza, incluindo o mercado da cidade do Dondo, serão sentidas gradualmente.

 Soube-se, ainda, que a barragem de Cambambe, a última do médio Kwanza, continua a libertar quantidades de águas turbinadas, ao limite da sua produção de energia, com uma vazão na ordem dos 400 metros cúbicos por segundo.

Estas quantidades não representam perigo neste momento, assegurou a fonte que se recusou a ser identificada.

Num comunicado, a Rede Nacional de Transporte de Electricidade (RNT-EP) instou a população que habita nas margens do rio Kwanza a deixar a área, por causa das inundações provocadas pela descarga das albufeiras das barragens. MF/DS/IZ

 





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