Economista aconselha famílias a racionalizarem consumo

     Economia           
  • Huíla     Segunda, 17 Julho De 2023    10h37  
Alex Bernardo, economista
Alex Bernardo, economista
Amélia Oliveira - ANGOP

Lubango - O actual contexto económico que o país vive deve ser encarado como uma oportunidade para as famílias buscarem novas fontes de receitas, rentabilizando as poupanças e a racionalizarem os hábitos de consumo, defendeu hoje, segunda-feira, no Lubango, o economista Alex Bernardo.

Em entrevista à ANGOP, o professor da Faculdade de Economia da Universidade Mandume ya Ndemufayo, disse ser importante que angolanos busquem novas oportunidades para driblar as carências, mediante novas fontes de receitas, evitando a dependência exclusiva dos salários.

Para se manter os níveis económicos das famílias, o também director do gabinete de Estudos Planeamento e Estatísticas da Administração do Lubango, disse ser necessário optar por hábitos menos onerosos de consumo, de preferência pelo necessário e saudável, evitando ao máximo os gastos supérfluos.

“A família pode deixar de consumir bife e substituí-lo por carne de frango ou peixe que é mais barato, desde que seja um produto que satisfaça quase todas as necessidades, mas desimpede de gastar menos, em função do actual contexto de austeridade”, frisou.

A diversificação das fontes de rendimento, conforme o entrevistado, passa também por gastos simples e pela prática pequenos negócios, em função das necessidades das comunidades.

Por sua vez, António Francisco, de 57 anos de idade, que é chefe de família de sete membros, disse que o actual contexto económico obriga à uma racionalização do rendimento mensal, uma vez que há uma considerável perda do poder de compra.

Para o cidadão é necessário consumir só o fundamental, a título de exemplo, disse se a família cortou o hábito de ir ao cinema ao fim-de-semana, optando por uma vez ao mês.

“As famílias perderam o poder de compra desde que os preços da sexta básica sofreu uma grande alteração dentro do mercado informal, mas ainda assim há formas de contornar as dificuldades, mediante uma revisão dos hábitos de consumo”, ressaltou. MS





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