Cuito - O economista Celso Calvino Nascimento Cacungula defendeu hoje, na cidade do Cuito, província do Bié, uma maior transparência na gestão das empresas do sector da indústria, para facilitar os apoios institucionais e financeiros por parte do Estado.
O académico falava sobre a “ Importância das micros e pequenas empresas para a economia da província, durante um workshop realizado no âmbito dos 47 anos do criação do sector da indústria em Angola, assinalados hoje.
Segundo ele, os empresários que trabalham no sector da indústria devem apostar numa gestão transparente e segura, isto é, desde o pagamento de impostos, inscrição dos funcionários no sistema de segurança social e outros, que credibilizam a actuação da mesma junto das instituição do Estado e não só.
Com aproximadamente dois milhões de habitantes, a província do Bié controla 454 empresas, sendo 411 micro, 25 pequenas e 18 médias, que garantem emprego a mil 700 indivíduos.
Por outra, referiu que o Governo deve implementar mais projectos que dinamizam e potenciam a empresas, a exemplo do que já acontece com os programas de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI) e de Reconversão da Economia Informal (PREI).
Já o jurista Filipe Evaristo Sitaqui Paquissi, prelector do tema “ O contributo das escolas e centros de formação profissionais para o desenvolvimento das micros e pequenas empresas”, apelou a uma maior aposta na formação dos trabalhadores, para uma melhor prestação de serviços aos consumidores.
Na província do Bié, de 2012 a presente data foram formados três mil 641 empreendedores, sendo que dois mil 200 no quadro do PREI.
Pascoal Pedro, representante da empresa Lupali e filhos (um dos convidados ao certame), realçou a necessidade do Governo trabalhar junto dos bancos comerciais, visando a desburocratização nas políticas de acesso ao crédito.
Apelou ao rigor na formação dos jovens, quer nas escolas quer nos centros de artes e ofícios, tendo em conta as exigências do mercado.
Entretanto, o vice-governador do Bié para o sector técnico e infra-estruturas, Edgar Hilário, considerou positivo o contributo do sector da indústria na captação da força de trabalho e na melhoria da renda das famílias, o que tem ajudado a combater a fome e a pobreza no seio das famílias.
