Economista defende subvenção dos produtos da cesta básica

     Economia           
  • Cunene     Sexta, 29 Março De 2024    12h48  
Produtos da cesta básica no Cunene
Produtos da cesta básica no Cunene
Fabiana Hitalukua-ANGOP

Ondjiva - O economista Miguel André afirmou esta quinta-feira, em Ondjiva, província do Cunene, a necessidade de o Estado angolano subvencionar alguns produtos da cesta básica, para ajudar as famílias na aquisição de alimentos.

Em declarações à ANGOP sobre a subida dos preços da cesta básica, referiu que o Executivo deve subvencionar alguns produtos para reduzir os custos.

Disse que, com base na política de” diversificar mais” e contrapor os problemas actuais da economia, a aposta deve ser direccionada a agricultura e a indústria para evitar desperdícios da produção, por falta da transformação.

Para tal, fundamenta que o Governo deve potencializar a classe empresarial e apostar na melhoria das vias de acesso aos centros de produção, para que o produto seja escoado aos centros de comercialização.

Outrossim, realçou a necessidade dos operadores económicos primarem pela ética empresarial, sublinhando que devido à escassez de produtos no mercado nacional, muitos estão a tirar proveitos para especular os preços.

Preços dos produtos da cesta básica em variação

Entretanto, os preços dos principais produtos da cesta básica em diferentes estabelecimentos comerciais da cidade de Ondjiva continuam a registar tendências de subidas, desde o princípio do ano em curso.

Em ronda efectuada, pela ANGOP, denota-se a subida sobretudo de frescos como o peixe, coxa de frango e variação do arroz, açúcar e óleo alimentar.

O preço do saco de farinha de milho de 25 kg, passou de 13.500 para os 15 mil kwanzas, enquanto a mesma quantidade de arroz  inflaccionou de 22 mil para os 24 a 26 mil kwanzas, dependendo da qualidade do produto.

O saco de açúcar de 50 kg está a ser vendido no preço de 61 mil 600 kwanzas, contra os Kz 54.700, o feijão de 25 quilos 39  mil e 300 kwanzas contra os 35 mil, a caixa de óleo alimentar de 12 litros regista uma variação entre 22 mil a 26 mil 800 kwanzas.

Por outro lado, registaram-se reduções de preços massa alimentar que saiu dos 8.500 kwanzas para 7.300, e o sabão teve uma redução 9.500 kwanzas para os actuais 8.200.

Relativamente aos frescos, a nível das câmaras frigoríficas a caixa de coxa de 10 kg custa 18.500 kwanzas, contra os 16 mil anteriores, enquanto carapau subiu de 26 mil kwanzas para  38 a 42 mil, dependentes do tamanho e qualidade do pescado.

O comerciante Augusto Bungue disse que os comerciantes locais têm como fonte de aquisição as províncias de Benguela e Namibe, actualmente regista-se pouca oferta e a tendência é o aumento em relação aos meses de Janeiro e Fevereiro, onde a caixa de carapau estava mais baixa.

Relativamente aos produtos do campo, houve igualmente subida no preço da batata rena, onde o saco de 10 kg está a ser comercializado por oito mil kwanzas contra os 6.500, a cebola 6.500 kwanzas, o tomate a caixa esta ser vendida por 24 mil kwanzas e a retalho quatro tomates entre 250 a 300 kwanzas, o repolho varia entre 300 a 700 kwanzas a cabeça, três folhas de couve Kz 50 e uma cabeça pequena de alface a Kz 250.

A consumidora Elivandra Shinima reclama a perda do poder de compra, lamentando a tendência da desvalorização da moeda nacional.

O coordenador adjunto da Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA) na província do Cunene, Belarmino Tumbuleni, assegurou a contínua acção de fiscalização, junto dos operadores, no sentido de garantir a manutenção dos preços.

Argumentou que durante os trabalhos inspectivos, os agentes económicos têm apresentado as respectivas facturas de aquisição, mapa de cálculo de preços, devidamente uniforme

De acordo com o responsável, o órgão vai continuar a desenvolver o seu trabalho para evitar acções de aproveitamento por parte de alguns operadores económicos, alertando que os infractores serão responsabilizados dentro das penalizações impostas por lei.FI/LHE/AC 

 

 

 

 

 





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