Malanje - Economistas na província de Malanje defenderam esta sexta-feira o acompanhamento rigoroso da implementação dos 500 projectos a ser financiados este ano pelo Governo angolano, no âmbito do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).
Os 500 projectos constam de um total de dois mil e 22 aprovados em 2021 pelo Executivo, no valor de 732.3 mil milhões de kwanzas para o financiamento de acções ligadas aos sectores da alimentação, agro-indústria, recursos minerais e turismo, indicados pelo PRODESI.
A economista Lizete Gonga aconselhou os beneficiários a empregar os valores nas acções previstas pelo Estado, para promover a diversificação económica do país e reduzir a dependência da importação.
Defendeu a formação prévia dos empresários a ser seleccionados sobre gestão de negócios, visando evitar os erros de má gerência de fundos, a semelhança do que aconteceu com certos financiamentos passados.
Já o economista Daniel Zinga alertou sobre os perigos da não fiscalização dos projectos beneficiados, sob pena dos valores serem utilizados em outros fins.
Por outro lado, adiantou que, caso o Governo consiga financiar e fazer uma boa monitoria da aplicação dos valores, poderão ser gerados lucros e criados mais postos de trabalho.
Entretanto, o presidente da Cooperativa Agrícola Kudiva, Albano Carlos, que recebeu em 2021 um financiamento no valor de 30 milhões de kwanzas no âmbito do PRODESI, destacou a criação de brigadas de formação técnico-profissional para dar sustentabilidade às iniciativas dos futuros beneficiários.
Na ocasião, o administrador do Guiché Único de Empresa de Malanje, Nelson Lages, disse que serão lançados, em breve, nos 14 municípios da província e nos mercados e locais com maior fluxo populacional, campanhas massivas de constituição de empresas dentro do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI).
O Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações, aprovado pelo Decerto Presidencial nº 169/18, de 20 de Julho, visa essencialmente acelerar a diversificação da produção nacional e gerar riquezas através dos sectores da alimentação, agro-indústria e turismo.
Desde a sua implementação, nas diversas linhas de créditos de operacionalização, o PRODESI aprovou, até ao momento, mil e 22 projectos.
Durante o ano 2021, o PRODESI formalizou mil e 102 contratos de compras, ultrapassando a meta do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), de mil contratos, sendo o Cuanza Sul, a província que registou maior número (443), seguida de Cabinda (195) e Benguela com 70.
Actualmente o PRODESI tem registado na sua base de dados 34 mil e 59 produtores nas variadas áreas de produção.