Cuango - Os embaixadores da Alemanha e de Portugal, Dirk Lölke e Francisco Duarte, destacaram quarta-feira, no Cuango, os investimentos do Governo angolano na produção de energias renováveis para limitar o aquecimento global.
Os diplomatas teceram tais considerações durante a cerimónia de lançamento da primeira pedra para construção da central fotovoltaica da vila mineira de Cafunfo, que terá a capacidade de produzir 41.40 megawatts de energia elétrica limpa, mais 101.80 MW armazenado em baterias, prevendo beneficiar mais de 29 mil famílias.
A construção da central enquadra-se no. projecto de electrificação rural, a ser implantado em 60 comunas e vilas das províncias do Bié, Lunda Norte, Lunda Sul, Malanje e Moxico, prevendo a produção global de 265 megawats (MW) de potência fotovoltaica e 595 MW armazenados em baterias.
O valor económico aportado pelo projecto, que prevê beneficiar cerca de um milhão de pessoas , considerando a poupança face a soluções alternativas e o ganho no rendimento da população, situa-se entre 3.1 e 5.9 mil milhões de euros.
De acordo com o embaixador português, Francisco Duarte, a aposta do Governo angolano em implementar projectos do género no interior do país, sobretudo nas zonas rurais, abre boas perspectivas de desenvolvimento socioeconómico.
Disse que Portugal vai, no quadro da cooperação existente, continuar a apoiar Angola neste e outros domínios , encorajando o Estado angolano a dinamizar investimentos no sector energético, por ser um dos factores determinantes na atração de investimentos estrangeiros e não só.
Para a materialização deste projecto , uma empresa portuguesa, a MCA, será a construtora das 46 mini-redes solares e os britânicos Satanderd Chartered responsáveis pela montagem e operação.
Por sua vez, o embaixador da República Federativa da Alemanha, reiterou que o seu país vai continuar a apoiar a Angola no domínio da transição energética, visando a expansão da energia limpa e sem efeitos negativos ao ambiente.
"Felicito o governo angolano pelos passos que tem dado rumo à transição energética, um facto que trará muitos benefícios socioeconómicos e não só", frisou.
A ser executado em três anos, o projecto conta com um financiamento e/ou apoio de 1,2 mil milhões de Euros da empresa alemã Euler Hermes. HD
