Ondjiva – Mulheres empreendedoras da província do Cunene destacaram esta sexta-feira, em Ondjiva,província do Cunene, os benefícios da paz no domínio da actividade comercial e produtividade.
Em declaração à ANGOP, por ocasião do 4 de Abril, Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, as empreendedoras afirmaram que nos últimos 21 anos conseguem circular à vontade pelo país, em busca de negócios para vender.
Valentina Carlos, que é negociante a 30 anos, reconheceu que antes da paz era difícil buscar mercadorias de negócios nas outras províncias, devido ao conflito armado que assolou o país.
Disse que, desde o alcance da paz em 2002, a circulação de pessoas e bens pelo país ficou mais facilitada, na compra de negócios como peixes secos, frescos e outros produtos do campo.
Eugenia Maria, negociante a 27 anos, afirmou que, nesta era da paz, as trocas comerciais e as vendas melhoraram, pois antes sofriam ataques pelo caminho, com perdas de vida e negócios.
“Com a paz, viajamos durante o dia e noite, em todo território nacional, adquirimos as mercadorias e vendemos a retalho produtos como o massango, fuba de milho, porco e galinhas”, realçou.
Rosa Mingo recordou que as pessoas eram impedidas de viajar para o interior do país, devido à insegurança, mas agora circulam à vontade.
Referiu que actualmente se consegue vender mais produtos e ter mais rendimentos no negócio, para o sustento da família e pagar propinas para as crianças nos colégios.
Maria de Carvalho ressaltou a importância da consolidação da preservação da paz, para o reforço da estabilidade social e económico, assegurando a melhoria da qualidade de vida e o bem-estar dos angolanos.
Após ter vivido décadas da sua história em guerra – de 1961 a 1974 contra o poder colonial português e a partir de 1975 uma guerra fratricida, os angolanos lograram em 2002 o calar das armas e o início de um processo de reconciliação nacional.
A paz de 4 de Abril de 2002, considerado o segundo maior ganho do país, depois da Independência Nacional, a 11 de Novembro de 1975, convoca a todos os angolanos a preservá-la.PEM/LHE/AC