Escassez de contentores trava exportação de 919 blocos de granito 

     Economia           
  • Luanda     Quinta, 22 Julho De 2021    12h18  
Turistas visitaram potencialidades económicas da Huíla e do Namibe
Turistas visitaram potencialidades económicas da Huíla e do Namibe
Quinito Bumba

Lubango – Novecentos e dezanove, dos 2.210 blocos de granito negro bruto, produzidos nos primeiros seis meses deste ano, pela empresa mineira Rupsil, deixaram de ser exportados, devido a escassez de contentores para o acondicionamento deste mineiro, abundante na região Sul de Angola. 

Instalada na comuna da Quihita, no município da Chibia, província da Huíla, a empresa angolana exportou, de forma “arrojada”, 1.291 blocos de granitos, durante o primeiro semestre de 2021, resultando na arrecadação de 409 milhões 427 mil e 191 kwanzas, segundo o gestor-adjunto da exploradora, Cheldon Florindo. 

O responsável, que falava à imprensa, quarta-feira última, no âmbito da segunda fase da radiografia sobre as potencialidades do sector mineiro nacional, por um grupo de jornalistas angolanos, fez saber que das receitas arrecadadas nas exportações 49 milhões 644 mil e 612 kwanzas serviram para pagamento de impostos. 

Esse resultado, apesar de ser obtido somente em seis meses, os níveis de facturação e tributação do primeiro semestre deste ano superaram os dados do exercício económico do ano passado, no qual as cujas receitas fixaram-se em 367 milhões 532 mil e 546 kwanzas. Desse valor, 40 milhões 678 mil e 992 de kwanzas foram amortizados nos impostos. 

Para o aumento da exploração mineira e reforço dos níveis de arrecadação de receitas, o gestor solicita o envio de contentores de Luanda para o Porto do Namibe ou Benguela, tidos como os principais pontos de partida das exportações da produção da referida região.

Conforme Cheldon Florindo referiu que se pede também a diminuição do preço do frete cobrado para o aluguer de um contentor, que varia ente 500 a 1.500 dólares americanos, em meio ainda de algumas restrições impostas pelas autoridades governamentais e pela lei, como entraves que têm dificultado a dinamização das exportações no país. 

Por exemplo, citou que a nível da província da Huíla, as empresas são apenas autorizadas a transportar da zona de exploração para o porto do Namibe, via rodoviária, um bloco de granito por dia, durante o período nocturno. 

Segundo o gestor-adjunto, essa limitação imposta pelas autoridades governamentais onera as empresas e torna moroso o processo de exportação. 

A pedreira da Rupsil denominada “Mina do Lucangue” entrou em funcionamento em 2017 e tem uma área de concessão de 50 hectares (ha), dos quais quatro estão em exploração. Tem um investimento de cinco milhões de dólares americanos (Kz 3.232.159.865,58) e emprega 52 trabalhadores, sendo 42 nacionais e 10 estrangeiros.    

Nessa mina são explorados blocos de granito negro, que varia entre 12 a 14 toneladas (de 2.8 a 3.8 metros cúbicos/bloco), sendo que a maior parte desta rocha é exportada para a China. 

Com uma população estimada em três milhões e 200 mil habitantes, a província da Huíla controla 16 empresas que exploram rochas ornamentais, das quais apenas duas extraem e transformam a rocha em artefactos para construção civil.





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