Escassez do tomate eleva preço no mercado informal de Ondjiva

     Economia           
  • Cunene     Segunda, 01 Abril De 2024    18h52  
Escassez de tomate eleva preço no mercado de Oshomukuio no Cunene
Escassez de tomate eleva preço no mercado de Oshomukuio no Cunene
Pedro Manuel-ANGOP

Ondjiva – O preço de comercialização do tomate nos principais mercados informais da cidade de Ondjiva, sede capital da província do Cunene, passou de 25 para 100 kwanzas cada, devido à escassez do produto.

Em ronda efectuada esta segunda-feira pela à ANGOP, nos mercados informais do Oshomukuio e da Alemanha, a unidade de quatro a cinco tomates, antes comercializada no preço de 100 kwanzas, actualmente custa 500 kwanzas.

De acordo com as vendedoras do maior mercado do Cunene, explicaram que o preço alterou desde a segunda semana do mês de Março, em função da escassez do tomate no mercado, que elevou a caixa de 25 kg de 10 mil para 30 mil kwanzas.

A vendedora Elisa Suraia disse que adquire o tomate nos fornecedores que tiram no município do Tombwa, na província do Namibe, mas devido às chuvas que se abatem na região, o tomate está a sair pouco nos últimos dias.

Maria Felícia indicou que o produto está mesmo difícil, o pouco que conseguem vendem o monte de cinco tomates a 500 kwanzas, para obterem algum lucro, visto que a caixa adquire por 30 mil kwanzas.

Catarina Ndumbo realçou que, em função destas pouca oferta, o balde de 2 kg, que antes custava mil a mil e 500, agora está a vender-se a dois mil kwanzas, para repor o valor da aquisição e ter uma pequena margem de lucro.

Já a comerciante Silvania de Jesus sublinhou que adquiriu o tomate na vizinha Namíbia, mas agora, com o câmbio actual do dólar namibiano, a caixa fica mais cara, no valor de 35 mil kwanzas, e ao revender os lucros não saem.

A consumidora Teresa Santos disse que, com os preços praticados actualmente, quatro vezes mais que o anterior, fica difícil para o bolso, mas é preciso comprar para o alimento estar mais precioso.

Por seu turno, o director do Gabinete da Agricultura, Pecuária e Pescas do Cunene, Carlos Ndanyengondunge, explicou que o período do cultivo do tomate inicia no mês de Abril, porque em tempo da chuva não são todas variedades que se adaptam.

Os produtos que mais aparecem no mercado informal do Oshomukuio são a cebola e batata-doce, praticados a um preço mais acessível.

O tomate é um fruto rico em vitamina C, vitamina A, vitamina K e licopeno, que é um potente antioxidante, ajudando a manter a saúde da pele, fortalecer o sistema imunológico e evitar doenças cardiovasculares, como infarto e aterosclerose.

Actualmente o Cunene conta com 100 cooperativas e associações agrícolas, que produzem o tomate, cebola e couve, entre outras verduras, sobretudo nas localidades de Calueque, Ondjiva e ao longo do canal do Cafu. PEM/LHE/AC





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