Especialista defende criação de áreas de integridade nas empresas

     Economia           
  • Luanda     Terça, 23 Abril De 2024    21h38  
Pormenor da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo(Foto ilustração)
Pormenor da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo(Foto ilustração)
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Luanda – A criação de uma área de integridade no seio das empresas influencia os cidadãos a cumprir com as regras ou boas práticas (compliance) no sector empresarial e financeiro do país, advogou esta terça-feira, em Luanda, o especialista brasileiro em Compliance e Combate a Fraudes, Daniel Sibille.

Em declarações à imprensa, durante a quarta Conferência Angolana de Compliance (CAC), que decorreu hoje, o perito sublinhou que a implementação efectiva do compliance nas empresas impacta positivamente os funcionários, em particular, e a população, em geral, com o cumprimento das leis que reforçam a boa gestão das instituições e do capital humano.

O também director senior de compliance para América Latina da multinacional Oracle, referiu que, a partir do momento em que as empresas angolanas entenderem ou “encarnarem” o poder transformador da integridade, o país poderá registar uma evolução significativa no cumprimento das boas práticas empresariais.

Na ocasião, Daniel Sibille considerou a conferência como um evento fundamental para disseminação das boas práticas nas empresas, facto que poderá impactar os funcionários, a produção e os parceiros comerciais, permitindo a criação de uma cadeia de ética e integridade.

O convidado internacional, que abordou o tema “Compliance 4.0: O papel transformador da Inteligência Artificial e activos digitais no sector financeiro”, mostrou-se disponível em partilhar a sua experiência do Brasil com Angola, no sentido de influenciar as empresas a implementarem as regras internacionais no dia-a-dia da sua actividade.

Por seu turno, directora da NF-Confojur, empresa promotora do evento, Nádia Feijó, considerou o compliance como uma ferramenta essencial para a prevenção de perdas financeiras, fraudes, inconformidades, construção de negócios sustentáveis, e consequentemente, uma sociedade mais ética.

Disse que a conferência tem como propósito apresentar uma visão colectiva de ética, integridade e responsabilidade empresarial, para além de permitir discutir e apontar soluções para as principais questões actuais relacionadas ao compliance no sector financeiro.

Com isso, avançou, pretende-se moldar um futuro mais ético, transparente e sustentável para as gerações presentes e futuras.

Durante a conferência, que contou com diversos especialistas, gestores e empresários, foram abordados temas como “Avaliação mútua: Impacto e consequência”, “Capitalismo de stakeholders e a responsabilidade do conselho de administração” e ““Compliance 4.0: O papel transformador da Inteligência Artificial e activos digitais no sector financeiro”

A NF-Confojur é uma instituição dedicada à formação, eventos e consultoria para o desenvolvimento e implementação de programas de compliance. Apoia também as organizações na prevenção de perdas financeiras desencadeadas pelo incumprimento das normas legais e éticas, contribuindo para a concepção de um ambiente empresarial íntegro e juridicamente seguro. QCB





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