Estado e investidores passam a negociar incentivos

     Economia           
  • Luanda     Quarta, 30 Junho De 2021    23h58  
Área fabril da Zona Economica Especial
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Angop

Luanda - A introdução do Regime Contratual na Lei  do Investimento Privado (LIP) vai permitir a  negociação de incentivos  fiscais ao investimento entre o Estado e os potenciais investidores.

O referido regime contratual traz o Código dos Benefícios Fiscais, por aprovar, pela Assembleia Nacional.

Com o Código dos Benefícios Fiscais, prevê-se imprimir uma flexibilidade ao processo do investimento privado, permitindo que os incentivos sejam concedidos, tendo em conta as especificidades, características e sectores, considerando sempre os interesses dos investidores e do próprio Estado.

A proposta foi analisada esta quarta-feira, na primeira reunião do Conselho de Supervisão da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (Aipex), sob orientação do ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, com a participação de ministros da Comissão da  Economia Real.

De acordo com o administrador da Aipex, Lello Francisco, a proposta inclui quesitos prévios para o Regime Contratual, mas particularmente para os projectos considerados estruturantes para a economia nacional.

“Os incentivos previstos neste instrumento jurídico  constam do Código dos Benéficos Fiscais aprovados, na  terça-feira, em sede da reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros”, explicou o responsável.

Os incentivos fiscais previstos serão aplicados tão logo forem aprovados os Códigos dos Benéficos Fiscais, pela Casa das Leis.

Durante o encontro, os participantes analisaram, igualmente, a implementação da Janela Única do Investimento (JUI), um  mecanismo  que vai obrigar a reestruturação orgânica da Aipex, no quadro da alteração da Lei do Investimento Privado.

Com a JUI, segundo Lello Francisco, fica criado um mecanismo de facilitação de implementação de investimentos, reformulando o modelo funcional da Agência, com o surgimento de departamentos ajustados que passam a ter serviços adequados.

“Os investidores que tiverem projectos aprovados pela Aipex deixam de percorrer a outros serviços da administração pública para a obtenção de serviços necessários para a implementação dos seus projectos”, disse o responsável, sustentando que este serviço passa a ter apenas um ponto único de contacto.

A proposta da reestruturação da Aipex ainda carece de revisão em sede do Ministério  da Administração Publica, Trabalho e Segurança Social MAPTESS), para a conformação  desta à Lei da criação dos Institutos Publicados.

 A  primeira reunião do Conselho de Supervisão da Aipex  reviu  também o plano estratégico para 2021, que está voltado para a captação de investimento directo estrangeiro.

A Aipex  identificou países prioritários para a atração de investimento privado,  num total de 27, entre os  quais a Inglaterra, Alemanha,  China, Japão Coreia do Sul, EUA, Brasil.

Cada país  foi selecionado em função da  especialidade  que dispõe em matéria de investimento e desenvolvimento de sectores que  Angola necessita.

 





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