EUA vai instalar 370 megawatts de energia solar no país

     Economia           
  • Luanda     Quarta, 10 Março De 2021    17h38  
Energia eléctrica
Energia eléctrica
Joaquim Tomás

Luanda - A companhia americana Sun Africa inicia, quinta-feira, a construção de sistemas de energia fotovoltaica e de baterias em Angola, que produzirão 370 megawatts peak (MWp), em sete centrais.

O megaprojecto, orçado em 524 milhões de Euros, estará concluído no terceiro trimestre de 2022, para produzir, na sua Central do Biópio (província de Benguela), 188,88 megawatts, de acordo com um comunicado da referida instituição, especializada em energia.

As infra-estruturas terão equipamentos das empresas Hitachi-ABB, Hanwha Q-Cells e NEXTracker e serão construídas pelo grupo empresarial português MCA.

“A capacidade total dos sete projectos solares será de 370 megawatts e trará benefícios significativos ao fornecimento de electricidade em Angola”, atesta o documento, adiantando que será “o maior projecto solar individual da África Subsaariana".

A nota assinala ainda, que  o megaprojecto “marcará um novo rumo na diversificação do fornecimento de energia e da economia” do país.

A empresa norte-americana, subsidiária da Urban Green Technologies, sublinha que “além da riqueza em hidrocarbonetos, Angola tem luz solar abundante e uma das maiores irradiações solares no continente africano”.

Cinco dos projectos que integram este megaprojecto estarão ligados à rede energética principal, enquanto os restantes dois estarão voltados a áreas rurais.

“Estes parques solares vão, assim, trazer uma nova vertente de energia renovável sustentável a milhares de angolanos em várias partes do país”, acrescenta o comunicado divulgado no portal da Sun Africa,

Assim, a central de Biópio (Lobito) terá a maior produção (188,88 MWp), seguindo-se as de Benguela (96,7 MWp), Saurimo, na Lunda Sul (26,91 MWp), Luena, no Moxico (26,91 MWp), Cuito, no Bié (14,65 MWp), Bailundo, no Huambo (7,99 MWp) e Lucapa, na Lunda Norte (7,2 MWp).

De acordo com o presidente do Conselho Administrativo da Sun Africa, Nikola Krneta, os avanços do megaprojecto são “um feito incrível dados os actuais desafios de financiamento e outros, devido à pandemia”.

“Isso demonstra a dedicação e capacidade de todos os nossos parceiros, assim como a visão do Governo angolano”, assinalou Krneta.

O financiamento do megaprojecto está a cargo da SEK (agência de promoção de exportações da Suécia), com garantias da Agência Sueca de Crédito à Exportação (EKN).

No comunicado, Krneta agradece aos seus parceiros e aos governos de Angola, Suécia e dos Estados Unidos, pelo apoio continuado e directo ao longo do processo de desenvolvimento e na concretização do projecto.

Segundo a empresa portuguesa, a instalação dos novos equipamentos vai evitar a emissão de 935 mil 953 toneladas de dióxido de carbono por ano.  

A nota divulgada, nesta quarta-feira, pela Sun Africa explica que os painéis solares são fabricados na Coreia do Sul, enquanto a maioria dos equipamentos a utilizar são enviados dos Estados Unidos da América e da Suécia.





+