Revisão do IRT continua em estudo - Ministra Finanças

     Economia           
  • Luanda     Segunda, 13 Fevereiro De 2023    17h49  
Ministra das Finanças, Vera Daves
Ministra das Finanças, Vera Daves
Nelson Malamba - ANGOP

Luanda - A ministra das Finanças, Veras Daves, apontou, esta segunda-feira, para um estudo contínuo sobre a possibilidade de revisão do Imposto de Rendimento de Trabalho (IRT), apesar de não ter sido recomendado pelos deputados à Assembleia Nacional (AN).

Embora tenha sido discutido na especialidade, o tema IRT não consta das recomendações do Relatório Parecer Conjunto feitas  ao Executivo, depois de aprovado o Orçamento Geral do Estado 2023, com 124 votos a favor, 86 contra e sem abstenção.

Entre as recomendações, em termos de impostos, consta apenas a proposta de redução  do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) de 7% para 5%, para todo o sector produtivo.

A propósito, Vera Daves deixou claro  que  toda  redução  de imposto  causa impacto nas  receitas, e  reduzindo as receitas  tem-se  também menos  dinheiro para gastar, o que obriga a fazer escolhas  para despesas.

Para o caso do IVA, disse que vão  estudar a possibilidade da redução  recomendada, ver os impactos para, no OGE de 2024, exibir os resultados dos estudos feitos e justificar a razão de ser ou não acolhida a proposta apresentada pelos deputados.

Quanto ao IRT, discutido  na especialidade do OGE 2023, Vera Daves reiterou abertura para a sua  discussão,   revisitando modelos e apresentando o seu estudo de impacto.

“ Vamos fazê-lo continuamente para assegurar que se encontre o melhor equilíbrio entre as receitas que pretendemos  arrecadar e as despesas que pretendemos efectuar”, avançou a ministra das Finanças, deixando claro que está a ouvir as preocupações da sociedade.

Quando for altura de implementar uma revisão do IRT, o Ministério das Finanças também vai se pronunciar  e justificar o porquê, um processo que, de acordo com a titular da pasta, será feito de forma transparente  e com a melhor  argumentação técnica possível.

A actual tabela de rendimento do IRT é composta por 13 escalões, com taxas que variam dos 10% aos 25%, na sua aplicação os salários mais altos com  maiores descontos e,   por sua vez,  salários mais baixos isentos deste imposto.

O  Código do IRT segmenta os rendimentos de trabalho em três grupos de tributação, sendo o grupo A referente às remunerações pagas pela entidade patronal aos trabalhadores por conta de outrem, incluindo funcionários públicos.

O grupo B agrega as remunerações pagas aos trabalhadores por conta própria, bem como os rendimentos de titulares de cargos de gerência e administração ou de órgãos sociais de sociedades.

Já o grupo C engloba todos os rendimentos recebidos pelo desempenho de actividades industriais e comerciais, que se presumem todas as constantes na tabela de lucros mínimos em vigor.NE/PPA

 

 





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