Executivo prevê crescimento económico até 2050

     Economia           
  • Luanda     Quinta, 16 Novembro De 2023    17h56  
Ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano
Ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano
Nelson Malamba - ANGOP

Talatona– O Executivo Angolano prevê, nos próximos 27 anos, um aumento do PIB à volta dos 290 mil milhões de dólares, duas vezes mais em relação ao período actual, disse, esta quinta-feira, o ministro da Economia e do Planeamento, Mário Caetano.

De acordo com o ministro, que falava na Mesa Redonda CEO”S 2023, a meta do Executivo é  fazer parte da estratégia ao Longo Prazo nos próximos 27 anos (ELP-Angola 2050).

Conforme o ministro, perspectiva-se uma taxa de crescimento populacional à volta dos três por cento e um PIB de 3,3 %, em desajuste com a taxa de crescimento populacional.

Mário Caetano disse esperar que o sector petrolífero represente 5%  do produto PIB e os demais 95 por cento  sejam do sector não petrolífero.

 “Almeja-se também que o PIB per capita esteja em torno dos 4 mil 200 dólares norte-americanos”, reforçou.

Referiu que o Executivo está a trabalhar para que se tenha uma taxa de desemprego de 20 por cento, contra os 30 actuais.

No domínio do investimento estrangeiro, disse, hoje se capta seis mil milhões de dólares por ano e as projecções prevêem o investimento estrangeiro como um dos principais motores da economia nacional, com um posicionamento de 164 mil milhões de dólares em 2050.

Em relação à saúde, apontou que se espera mais seis anos de expectativa de vida, saindo dos  62 para os 68 anos, e na educação a previsão é  que os anos de aprendizagem suba de 4,8 para 6,3, enquanto a melhoria  do índice do capital humano de quarto para o terceiro cartel.

Explicou que o Executivo está a trabalhar para que a economia não seja dependente do petróleo e que representa cerca de um quarto do PIB e com previsão de redução de até 5 por cento. “Com esta redução, outros sectores farão parte da economia como agricultura que deverá se posicionar com 15 por cento na estrutura do Produto Interno Bruto, a indústria 20%  e o sector comércio com 20 ”, disse.

 Para Mário Caetano, esses três sectores terão um peso de dois dígitos, muito próximo dos 20 por cento, que deverão ter um peso de aproximadamente 55 a 60 % da formação do PIB.

Acrescentou que a economia vai precisar de financiamento, com uma previsão de 900 mil milhões de dólares até 2050, para que se possa pôr em prática os objectivos do Executivo até 2050.

Mário Caetano explicou que dos 900 mil milhões de dólares americanos, 30 por cento será do Orçamento Geral do Estado (OGE) e os cerca de 48,3 por cento será proveniente do Investimento directo estrangeiro, cerca de 10 por cento disponibilizado pela banca comercial e 19 por cento do investimento do sector petrolífero.

O Plano Desenvolvimento Nacional é um instrumento de planeamento que visa materializar a estratégia a longo prazo do desenvolvimento nacional, que tem a duração de cinco anos e abrange  as principais estratégias a longo prazo de planos de desenvolvimento sectoriais, provinciais, entre outros.

O encontro reuniu, entre outros, o ex-primeiro ministro de Portugal, Paulo Portas, ministro dos Petróleos e Recursos Minerais, Diamantino de Azevedo, entre outros. GZ/MAG

 

 

 





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