Expansão da rede eléctrica necessita de USD 106 mil milhões - consultora

     Economia           
  • Luanda     Segunda, 13 Maio De 2024    17h32  
Vista parcial de uma barragem (Arquivo)
Vista parcial de uma barragem (Arquivo)
Francisco Miúdo-ANGOP

Luanda – A expansão da rede eléctrica em Angola, até 2050, vai precisar de um investimento avaliado em 106 mil milhões de dólares norte-americanos (1 dólar vale 834 kwanzas), para a construção de infra-estruturas que incentivam à captação de investidores privados, segundo a empresa de consultoria Ernst & Young (EY) Angola.

Em nota de imprensa, chegada esta segunda-feira à ANGOP, o parceiro (partner) dessa consultora, André Afonso, perspectiva que desse montante, cerca de USD 20 mil milhões devem ser investidos no sector energético angolano, até 2030.

A fonte, que falava no quadro do Fórum Energia e Ambiente sob o lema “A futura matriz”, realizado sexta-feira última, em Luanda, defendeu a necessidade do Estado investir, de forma clara, na mitigação do risco e implementar medidas adequadas, para captar novos investidores nesse sector.

De acordo com André Afonso, a intensidade da transferência de risco pode definir o modelo de participação do sector privado na entrega de infra-estruturas, sendo o privado a assumir a maior parte dos riscos financeiros e operacionais, através da Parceria Público-Privada (PPP) completa.

Com isso, avançou, o sector privado pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento de infra-estruturas, complementando a acção do sector público e ajudando a resolver alguns dos desafios financeiros e operacionais que podem impedir a construção de infra-estruturas necessárias.

Na ocasião, o partner da EY Angola destacou também algumas das estratégias de mitigação de risco e captação de investimento em curso em África, como o desenvolvimento de um quadro legislativo e regulamentar duradouro e favorável aos investidores, bem como as iniciativas de organismos americanos que visam aumentar o acesso à electricidade em países da África Subsariana.

Destacou ainda que as energias renováveis têm sido um dos sectores mais bem sucedidos na utilização de fundos públicos para mobilizar financiamento e investimento privados, facto que tem alimentado o crescimento sustentado (de dois dígitos) das energias renováveis nas últimas décadas.

A consultora EY tem como propósito construir um mundo melhor de negócios, ajudando a criar valor a longo prazo para os seus clientes, colaboradores e a sociedade, bem como gerar confiança nos mercados.

Dotados de informação e de tecnologia, várias equipas da EY, em mais de 150 países, asseguram confiança através da auditoria e ajudam os seus clientes a crescer, transformar e operar através de serviços de auditoria, consultoria, fiscalidade, transacções, estratégia e serviços jurídicos. AMC/QCB





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