Exploração da reserva mineral do Longonjo vai impulsionar economia

     Economia           
  • Huambo     Terça, 25 Maio De 2021    18h00  
Terras raras no municipio do Longonjo, província do Huambo
Terras raras no municipio do Longonjo, província do Huambo
Júlio Vilinga

Longonjo – O início da exploração da reserva mineral do Longonjo (Huambo) vai impulsionar o desenvolvimento económico e atrair investidores nacionais e internacionais, considerou, esta terça-feira, o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Correia Victor.

Com 23 biliões de toneladas de minério bruto denominado “terras raras”, o início da exploração está previsto para o princípio de 2022, conforme apurou a ANGOP no local.

A propósito, o secretário de Estado para os Recursos Minerais deslocou-se ao projecto, que irá gerar perto de 500 postos de trabalhos directos, 50 por cento dos quais para jovens do município, que dista 64 quilómetros a oeste da cidade do Huambo, numa parceria entre as empresas angolana Ferrangol-EP e a australiana Pesana.

Em declarações à imprensa, Jânio Correia Victor disse que a reserva do Longonjo constitui um importante catalisador para a economia nacional, não apenas pelo número de empregos a serem criados, mas, também, pela atracção de investimento nacional e estrangeiro que irá proporcionar.

Referiu que a mina possui material do futuro e a exploração em grande escala acontece em 2023.

Jânio Correia Victor informou que o seu Ministério está a criar condições propícias, para atrair investimento nacional e estrangeiro, a fim de permitir a exploração à escala mundial, com um tempo útil de 20 a 40 anos, com a criação, da parte do Estado angolano, de taxas mais baixas e aliciantes para os investidores deste sector.

Lembrou que o Código Mineiro prevê que, depois de dois anos de exploração da mina, cinco por cento das receitas deverão ser canalizados para o desenvolvimento local.

O secretário de Estado disse haver bons indicadores com os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a nível mundial, numa altura em que os especialistas foram orientados a aprofundar os estudos dos minérios relevantes para indústria moderna de fabrico de veículos electrónicos.

O responsável referiu tratar-se de metais especiais usados para fazer ímanes permanentes ultra-fortes para uso final em veículos electrónicos, turbinas eólicas e meios electrónicos modernos como telefones celulares.

Até ao momento, foram abertos 369 furos, numa zona de mais de 8 mil metros de perfuração.

Os tipos de metais  "terras raras" chegam a 17, mas apenas seis tipos são mais conhecidos: neodímio,   lantânio, praseodímio, gadolínio, samário e cério.

A China é o principal produtor e mercado desse mineral.





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