Exportação de madeira rende USD 19 milhões em três meses

     Economia           
  • Luanda     Sexta, 19 Março De 2021    20h21  
 
  
Madeira serrada e preparada para utilização
Madeira serrada e preparada para utilização
Pedro João

Luanda – O país arrecadou cerca de 19 milhões de dólares norte-americanos e 15 milhões de euros em madeira exportada de Angola entre Dezembro de 2020 a Fevereiro deste ano, afirmou esta sexta-feira, em Luanda, o secretário de Estado para as Florestas, André de Jesus Moda.

 

Sem apresentar dados comparativos da quantidade de madeira produzida e valores arrecadados na campanha florestal anterior, o dirigente fez saber que o sector previa produzir 500 mil metros cúbicos de madeira, através da floresta nativa, mas “não se conseguiu explorar pelo menos a metade desta quantidade, por razões financeiras”.  

Em conferência de imprensa, enquadrada na celebração do Dia Mundial das Florestas, a ser assinalado a 21 de Março, André de Jesus Moda referiu que Angola exporta 80 por cento da madeira explorada no país, por não possuir uma industrialização afinada.

Na ocasião, afirmou que, em 2020, o sector registou pelo menos 128 empresas que tencionavam explorar madeira, mas apenas 116 concretizaram este desejo, contra 300 empresas da campanha florestal do período homólogo.

Referiu ainda que, até ao momento, o Ministério da Agricultura e Pescas ainda não tem o registo das empresas que irão operar na próxima campanha florestal, prevista para Maio deste ano.

Quanto ao programa nacional de reflorestação, o secretário de Estado deu a conhecer que, na última semana, já foi celebrado o primeiro contrato de concepções florestais, com vista a exploração racional e sustentável das florestas.

Essa experiência, prosseguiu, começou na província do Huambo (Planalto Central), com a expectativa de se expandir para o resto do país, com destaque para a Região Sul e Leste de Angola.

Com o Plano de Concepções Florestais, elaborado pelo Governo angolano, em 2018, a exploração florestal será de forma sustentável, por exigir o repovoamento das áreas exploradas, afirmou o André de Jesus Moda.

Segundo esse Plano, avançou, as concepções poderão variar entre 10 a 15 mil hectares para cada operador que estiver interessado a explorar os recursos florestais.

“Os operadores que tiverem as concepções terão a responsabilidade de criar espaços para a plantação de novas árvores, visando o repovoamento das florestas”, acrescentou.

Lembrou que, anteriormente, as florestas eram exploradas de forma anárquica, com a devastação de árvores, sem a devida reposição/replantação, mas actualmente o sector reorganizou-se e criou uma Política Nacional de Reflorestação e uma Lei de Bases sobre Florestas e Fauna Selvagem.

Por conta disso, aconselhou os cidadãos a terem a cultura de plantar pelo menos três árvores por cada ano, para mitigar o fenómeno da seca que assola, principalmente, a Região Sul do país.

Desencorajou, por outro lado, os cidadãos a deixarem de explorar os recursos florestais de forma anárquica, para não colocar causa a flora e fauna nacional.

Segundo dados do primeiro Inventário Florestal Nacional, publicado em 2017, o país possui 69,3 milhões de hectares de floresta nativa.

 

 





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