Empresário defende isenção de impostos para água mineral

     Economia           
  • Huíla     Sexta, 25 Junho De 2021    14h59  
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Empresario, Valdemar Ribeiro
Empresario, Valdemar Ribeiro
Saturnino Edilson
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Huíla: Fábrica de água mineral "Preciosa"
Huíla: Fábrica de água mineral "Preciosa"
Foto Cedida

Lubango – A fábrica de processamento e engarrafamento de água mineral “Preciosa”, a única em actividade efectiva na Huíla, defende a isenção de impostos, por se tratar de um produto alimentar básico, que não devia ser taxado em igualdade de circunstância com as bebidas espirituosas.

A gestão da fábrica, do grupo “O Regente”, instalada nos arredores da cidade do Lubango em 2014, defende a necessidade dos serviços tributários diferenciarem a água mineral das bebidas de luxo.

Em declarações hoje, à ANGOP, o administrador da fábrica, Valdemar Ribeiro, justificou que a água mineral deveria, pelo menos, ser taxada na categoria dos bens essenciais, por fazer parte do dia-a-dia da população.  

Como exemplo, sublinhou que no período de Maio de 2019 a Maio de 2020 pagou em imposto à Administração Geral Tributaria (AGT), ainda no regime transitório correspondente de 3 por cento, 14 milhões 674 mil e 32 kwanzas, de uma produção de dez milhões, 556 mil e 906 unidades de garrafas de água mineral de 1.5 litros e 0.5 mililitros.

Já no igual período de 2020 a 2021, segundo a fonte, apesar da produção ter sido inferior (quatro milhões 731 mil e 408 de garrafas) o imposto foi maior, na ordem de 32 milhões, 786 mil e 988 Kwanzas, devido ao regime definitivo que é de 14% do Imposto do Valor Acrescentado (IVA).

Segundo o empresário, a diferença é “abismal” para o rendimento da empresa, pois o poder de compra do cidadão reduziu e deixou de comprar a água  em  quantidade.

Segundo a fonte, houve uma queda na produção e nas vendas, tendo a fábrica uma capacidade para mais de 190 mil litros/dia, mas está apenas a engarrafar 25 mil a cada três dias.

Para ele, os altos impostos inibem novos investimentos, pelo que propõe ao governo que  os produtos essenciais estejam isentos de impostos, para que cheguem com qualidade à mesa de todos e mais barato.

“Neste processo todo, o mais prejudicado é o cidadão que deixa de comprar e deixa de beber água  com qualidade,  um produto essencial para a saúde humana”, realçou.                                  

A província da Huíla possui cinco fábricas de águas, nomeadamente a “Preciosa”, “Água da Chela”, “Tandavala”, “Cristo Rei”, e Ovava, mas só a primeira está em actividade plena.

 

 





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