Luena – Três mil e 589 micro-empreendedores no país beneficiaram de apoio financeiro para alavancar a conomia nacional, com um valor global de sete mil milhões de kwanzas, no quadro do Fundo Activo de Capital de Risco (FACRA).
O financiamento, desde a implementação do fundo, em 2012 até a data presente, abrangeu 956 micro-empreendedores na província de Luanda, Huambo (825), Huíla (581), Benguela (425), Namibe (153), Uíge (117), Cuando Cubango (66), Cuanza Sul (62), e Bié e Malange, ambos com 60 beneficiários, cada.
Desta lista constam ainda o Zaire, com 50 micro-empreendedores, Moxico (38), Bengo (30), Lunda Norte (20), Cunene e Cuanza Norte, as duas regiões com 18, e Lunda Sul teve 15 privilegiados.
Em declarações à ANGOP, o coordenador do FACRA, Teodoro Poulson, explicou que mais de três mil dos cinco mil jovens que apresentaram projectos de micro-empresas sustentáveis para dinamizar a economia no país.
Informou que deste investimento foram gerados quatro mil e 378 empregos, dos quais três mil 863 directos e 515 indirectos, a nível das 18
províncias de Angola.
Quanto ao Moxico, o coordenador do FACRA disse que estão financiados 24 projectos no município do Moxico (sede provincial), 12 no Luau, e dois no Léua, na comuna de Liangongo, no ramo de agronegócio, tecnologias de informação, comunicação e comércio, com um valor na ordem de 79 milhões de kwanzas.
Disse que deste investimento, no país, as províncias do Huambo, Huíla, Luanda e Benguela, dada a sua densidade populacional e o nível de incidência de actividade económica, tiveram mais sucesso e aceitação.
Teodoro Poulson descreveu o Fundo Activo de Capital de Risco como um projecto que estimula, cria, promove o crescimento das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) nas actividades económica, diversifica os investimentos económicos que promovam a substituição das importações,
aumenta a abrangência geográfica dos seus investimentos e contribui para a redução da informalidade na economia do país.
O coordenador lembrou que o FACRA é um fundo forte e de maior abrangência nacional, fortalecendo a economia e dando robustez às MPME, gerando empregos qualificados, criando rendas às famílias consequentemente, disseminando as melhores práticas de governança corporativa as empresas financiadas.
Criado em 2012, através do Decreto Presidencial 108/12, de 7 de Junho, o FACRA tem um limite de financiamento de microcrédito de até sete milhões de kwanzas, destinados a actividades de processamento alimentar, logística e distribuição de produtos agro-alimentares, pescas, reciclagem de resíduos sólidos urbanos, produção cultural e artística, desenvolvimento de softwares e outros serviços da cadeia do agronegócio.
Visa criar uma economia robusta e sustentável, bem como postos de empregos, assim como impulsionar o desenvolvimento das províncias através da prestação de serviço de excelência em prol do progresso e bem-estar da população.
Para a cedência de crédito e identificação de projectos viáveis, o FACRA trabalha com diversas instituições como as agências “Kixi-Crédito” e a “Coopera FAZ”.