Cuito - A falta de ração bem como de incentivos por parte do governo e do empresariado têm comprometido a actividade dos produtores de tilápia na província do Bié, fazendo com que o consumidor final opta pelo produto congelado.
Nesta região são controlados 350 pequenos tanques para criação de peixe tilápia, nos municípios do Cuito, Camacupa, Nharea, sendo que 50 porcento está inoperante, por insuficiência de ração e outros meios, apesar das condições favoráveis que a província possui para a sua produção, como a terra, água e os recursos humanos.
Em declarações hoje à ANGOP, o chefe de departamento da Direcção Provincial da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Domingos da Cruz Ngueve Jovita, realçou que os criadores, para alimentarem os peixes, fazem uma mistura de soja, milho e hortaliças diversas.
Apesar das dificuldades, disse, este ano houve um aumento da produção do peixe de duas toneladas mês, contra duas toneladas ano, registados anteriormente, quantidade que pode crescer ainda mais, caso haja empresariado que aposta nesta prática.
No mercado local, um quilo de peixe tilápia está a custar três mil kwanazs, valor considerado alto pela população, que, por isso, prefere comprar o carapau, sardinha e outras espécies.
O Bié controla 30 produtores de tilápia.
Outrossim, o responsável disse que a pesca continental artesanal, com 65 associações e um total de 561 associados, carece de apoios em meios de trabalho, como canoas, redes e outros, para o bom desempenho dos pescadores.
Sem avançar os resultados deste ano, disse que, em 2020, a província do Bié obteve uma captura de 21 toneladas de peixe.
Com o objectivo de mudar o quadro, o sector das pescas efectua o levantamento das reais necessidades dos pescadores, de modo a usufruírem de apoio por parte do Governo, através do Programa de Produção, Substituição das Importações e Diversificação das Exportações (PRODESI), que visa alavancar a produção nacional.
