Feira do Bombó prevê arrecadar mais de Kz 15 milhões

     Economia           
  • Moxico     Sexta, 30 Julho De 2021    17h42  
Feira do Bombo no município de Camanongue
Feira do Bombo no município de Camanongue
Kinda Kyungu

Camanongue - Uma feira agrícola denominada "Feira do Bombó" foi aberta esta sexta-feira, no município de Camanongue, província do Moxico, e prevê arrecadar 15 milhões de kwanzas.

Com a participação de 74 expositores dos diferentes ramos de actividade agrícola e económica, o evento, aberto pelo governador do Moxico, Gonçalves Muandumba, visa promover o sector agrícola e produtivo desta região, sobretudo do bombó, bem como estabelecer parcerias entre os agricultores, classe empresarial e clientes.

A feira, com duração de dois dias, tende ainda optimizar o escoamento da produção, no âmbito do PRODESI (Programa de Apoio a Produção Nacional, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações).

No local, estão presentes agricultores agrupados em cooperativas e associações, camponeses individuais, instituições bancárias e  públicas, e empresários nos ramos da indústria transformadora de sabão, equipamentos e artesanatos.

A Feira do Bombo decorre sob lema "Agricultura familiar e geração de renda, rumo ao desenvolvimento de Camanongue".

Ao falar no evento, o governador provincial do Moxico, Gonçalves Muandumba, disse que a feira é um momento de demonstrar o potencial agrícola de Camanongue, agregar valor e permitir a troca de experiência entre os diferentes ramos de actividade económica e produtiva da província.

Salientou ainda que, nesta fase de desenvolvimento da economia nacional, com foco nas acções de aceleração da diversificação da produção, quer pela via da substituição de importações quer pela diversificação e aumento das exportações, é preciso mostrar a qualidade do que se produz na região, fomentando a sua produção.

Camponeses queixam-se da falta de crédito

Os camponeses do município de Camanongue, 52 quilómetros a norte da cidade do Luena, queixam-se da falta de crédito bancário, o que retarda os seus projectos na agricultura.

Chame Longuessa, camponês há 13 anos, afirmou que pretende aumentar a sua produção de mandioca e hortaliças, de 20 hectares para 25, caso receba crédito bancário cujo pedido há “muito o fez e ainda não há resposta”.

Para Jofimo Tuliteno, outro agricultor, a falta de transporte tem dificultado o escoamento dos seus produtos, consubstanciados na mandioca, bata doce e outros, para as zonas de comercialização.

Os agricultores Augusto Teno e Sapassa Dala, disseram que a cedência do crédito, além de aumentar a sua produção, será uma forma de propiciar a criação de emprego para os jovens locais.





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