Ondjiva - O Presidente da Federação Nacional das Cooperativas Pecuárias de Angola (FENACOOPA), Salvador Rodrigues, reafirmou, na província do Cunene, a aposta dos criadores de gado da região sul no processo da diversificação da economia nacional.
Em declarações hoje, terça-feira, à ANGOP sobre a importância do gado bovino e caprino, disse que a região sul dispõe de um potencial pecuário suficiente para garantir mais de 60 por cento do abastecimento da carne e seus derivados pelo país.
Sublinhou ser fundamental a criação de infra-estruturas de apoio como matadouros, sistema de frio e camiões para transporte, de modo a criar um sistema logístico funcional, que permita transformar este potencial em proteína animal e facilite que o produto chegue à mesa do consumidor ao preço acessível.
Segundo o responsável, é necessário substituir o gado velho disponível junto dos criadores tradicionais, que aos poucos têm estado a vender os seus animais.
Salvador Rodrigues disse que a federação está a desenvolver um projecto no qual os fazendeiros têm repassado aos criadores tradicionais touros de qualidade para paulatinamente melhorar a suas especiais.
“Actualmente, denota-se a nível das comunidades rurais um certo número de animais com alta performance, resultante deste projecto, que está a ser comercializado em diferentes mercados”, salientou.
Dentro do Plano Nacional de Fomento e Desenvolvimento da Pecuária (Planapecuária), realçou a existência do programa de melhoramento genético das espécies, que passa pela substituição da manada velha para o gado miúdo, com objectivo de obter gado de qualidade.
Para tal, fundamenta a necessidade da operacionalização do Planapecuária de modo a que o mesmo tenha sustentabilidade nas zonas rurais.
O Planapecuária foi aprovado pelo Decreto Presidencial nº13/23 de 6 de Janeiro, e enquadra-se no pacote de políticas e estratégicas do governo para fomentar e desenvolver a produção de carne bovina, suína, caprina, ovina e aves, leite e ovos.
Com a concretização do plano, o Governo angolano perspectiva o incremento da produção de carne bovina de 62,1 mil toneladas para 109,4 mil toneladas e a suína passará de nove mil para 123,4 mil toneladas, caprina/ovina crescerá de 157,1 para 310,1 toneladas. FI/LHE/BA
