FILDA/2021 já movimenta negócios na Zona Económica Especial

     Economia           
  • Luanda     Terça, 30 Novembro De 2021    14h57  
Benguela: Formandos do curso de produção de frutas em calda e sumos no centro de Agronegócios JJK ANGOLA
Benguela: Formandos do curso de produção de frutas em calda e sumos no centro de Agronegócios JJK ANGOLA
José Honório

Luanda – Apesar de aberta com duas horas de atraso, em relação a inicialmente programada (10h00), a Feira Internacional de Luanda (FILDA) está já a movimentar negócios e empresas nesta sua 36ª edição, inaugurada hoje pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.

Ao discursar na abertura, o governante destacou o crescimento económico de Angola, sublinhando que “a FILDA representa uma contribuição para a produção nacional e que o Executivo quer, com essa iniciativa, reforçar a base produtiva (….)”

Até sábado, dia 4 de Dezembro, 558 expositores de distintos países, 500 dos quais empresas nacionais, vão aproveitar promover os seus serviços, soluções, produtos e tecnologias, assim como trocar experiências e conhecimentos, num evento em que Angola procura captar novos investimentos para o país.

Considerada como o maior evento comercial de dimensão internacional em Angola, a FILDA constitui “uma oportunidade ímpar para as empresas consolidarem presenças no mercado angolano e firmarem relações empresariais e comerciais”, segundo a Organização.

O certame está a decorrer na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo sob o lema “A tecnologia como suporte ao desenvolvimento do agro-negócio e da indústria”, reunindo empresas de distintos sectores, sendo Portugal a maior representação internacional.

Dentre as 58 participações internacionais, destacam-se empresas vindas da África do Sul, do Egipto, da Eritreia, de Portugal, da China, do Brasil, da Espanha, da Itália, da Alemanha, da Argentina, Estados Unidos da América, França, Índia, Itália, Japão, Líbano e Turquia.

Neste cinco dias de actividades estarão em evidência sectores como Comércio e Prestação de Serviços (com  26 %), Alimentação e Bebidas (14%), Agro-negócio (13%), Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação (9%) e Indústria Transformadora (8%).

De igual modo, Serviços Bancários e Seguros (6%), Construção Civil e Obras Públicas (5%), Máquinas e Equipamentos (5%), Oil & Gás (4%), Transportes e Logística (4%), Serviços de Saúde (3%), Representações Diplomáticas (2%), Governamental/Governo Provincial (1%) e Educação (também 1%).

Em relação a Angola, em particular, serão evidenciados essencialmente serviços, produtos, tecnologias e soluções das áreas da Indústria, do Comércio, das Telecomunicações, do Petróleo, da Banca e Seguros, do Transporte e de Logística, além de alimentos e bebidas.

Luanda, Benguela, Namibe, Zaire e Huila são algumas das províncias presentes nesta montra internacional multidisciplinar, que vai dedicar atenção especial ao agro-negócios, às tecnologias e ao sector petrolífero, o maior contribuinte do PIB angolano.

Essa 36ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA) reserva, entre outros, a exposição de alimentos e de produtos diversos, conferências de imprensa, colóquios, espectáculos músico-culturais e um espaço de arte monumental e performance, onde se vai transformar o lixo em arte.

A feira em causa enquadra-se nas acções do Executivo para a concretização das funções do Estado como grande impulsionador do processo de diversificação da economia nacional, cuja competitividade interna e externa se impõem a curto, médio e longo prazo.

A realização da FILDA, neste ano, afigura-se como um sinal de capital importância para a comunidade empresarial, mas também para o mercado, pois simboliza a retoma da actividade económica, depois de em 2020 não ter acontecido devido à pandemia da Covid-19.

Este evento é realizado anualmente desde 1983, tendo, contudo, registado alguns períodos de interrupção devido à crise financeira e económica mundial. Por exemplo, antes da Covid-19, observou, também, um interregno em 2016, altura da edição 33.

A FILDA junta anualmente, há três décadas, empreendedores nacionais e internacionais dos variados continentes para expor produtos e serviços, assim como estabelecer contactos para parceiros, tendo um impacto visível na economia nacional e no exterior do País.

 





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