Financiamento permite mais 30 novos empregos em empresa da Huíla

     Economia           
  • Huíla     Sábado, 16 Setembro De 2023    14h25  
Indústria (Foto ilustração)
Indústria (Foto ilustração)
Amélia Oliveira - ANGOP

Lubango - A Mosart Carpintaria, do grupo Andaimes de Carvalho, empregou nos últimos dois anos 30 funcionários com o financiamento de 690 milhões 838 mil 381 kwanzas, do Aviso 10 do Banco Nacional de Angola (BNA) destinado a aquisição de equipamentos.

Em declarações à ANGOP, na sexta-feira, no Lubango, o director financeiro do grupo Andaimes de Carvalho, Óscar Silva, que falava no final de uma visita da Direcção Nacional para a Economia e Fomento Empresarial do ministério de tutela, referiu que pelo menos 95 por cento dos 30 novos trabalhadores são nacionais e já formados pela empresa, do global de mais de 70 que operam na fábrica.  

Declarou que o valor foi executado já a 70 por cento em termos físicos e financeiro, uma linha garantida pelo Fundo de Garantia de Crédito (FGC), que permitiu incrementar a produção em cerca de 50 por cento, um volume de negócios que passou de 700 milhões para perto de 1.3 mil milhões de kwanzas/ano.

Informou que com o financiamento recebido em Outubro de 2021, cujo tempo de carência terminou em Agosto de 2022, adquiram equipamentos mais modernos e automatizados, bem como melhorou-se o sistema de aspiração da fábrica, para evitar a poeira.

Lamentou que a matéria-prima ainda seja adquirida em Portugal, na Namíbia, na África do Sul e na Inglaterra, pois Angola ainda não produz o suficiente, o que acaba por encarecer o produto final, porque tem as taxas aduaneiras, emolumentos, armazenagem no porto de desembarque, entre outros curstos, que seriam evitados caso tivessem a matéria local.

"A importação de matéria-prima, para além de ter um custo elevado, demora a chegar, o que obriga a empresa no seu fundo de maneio ter maior capacidade de compra para reforçar stock", disse. 

Reforçou que os contratos de fornecimento feitos são com clientes nacionais e internacionais, o mercado interno ainda não tem fábricas de certos componentes que usa, como a ferragem, tintas de alta performance, entre outros materiais.

Entre os constrangimentos apontou a quebra de electricidade da rede pública que os leva a ter um gasto suplementar em termos de gasóleo, um custo acrescido na fabricação das peças e a nível de transporte, devido ao estado degradado de algumas estradas, as viaturas carecem de manutenção com maior frequência.

"Esperamos mais iniciativas das entidades governamentais para apoiar a indústria nacional. Produzimos para o mercado particular, cozinhas, portas, roupeiros, moveis de WC e construtoras procuram o nosso produto, a nível de carpintaria", continuou.

Já o director nacional para a Economia e Fomento Empresarial do Ministério da Economia e Planeamento, Manuel Quilende realçou que as reclamações são conjunturais, pois a energia é um défice a nível do país, mas há casos de províncias que estão com esse factor melhorado.

"São reclamações pontuais, que vão constar do nosso relatório a nível interno e aí se ver com os outros departamentos ministeriais transversais para se encontrar uma solução para tal", frisou. 

A visita serviu para avaliar o impacto do projecto na economia real da província. EM/MS





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