Garantias de crédito ainda são obstáculos para empréstimos - BNA 

     Economia           
  • Luanda     Quarta, 19 Maio De 2021    21h12  
Banco Nacional de Angola
Banco Nacional de Angola
Pedro Parente

Luanda - O vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Rui Minguês, disse, nesta quarta-feira, que as Garantias de Crédito continuam a constituir obstáculos para a concessão de crédito por parte das instituições financeiras em Angola.

“Muitos são os factores que interferem na qualidade do crédito, bem como na sua oferta”, afirmou o responsável, defendendo a atribuição de crédito com qualidade e capaz de gerar negócios sustentáveis no tempo.

Rui Minguês referiu que as garantias entregues no momento da concessão do crédito tem sido uma questão levantada por todos os operadores, quer para os que estão do lado financeiro quer para os que vão a busca de financiamento, mormente os empresários.

Segundo o vice-governador do BNA, o crédito é um dos temas mais debatidos de momento em Angola, e uma das questões mais preocupantes para o desenvolvimento económico do país.

Neste particular, adiantou que a grande responsabilidade recai para as instituições financeiras que têm de fazer com que os recursos sejam reutilizados, permitindo que as poupanças geradas pela sociedade possam ser conveniente e adequadamente usadas no investimento para a geração de emprego e criação de oportunidades para todos.

“Embora com problemas, esta tem sido a missão do sistema bancário, e que requererá, com os novos tempos, um realinhamento com as novas realidades. “Precisamos de créditos sim, mas sustentáveis no tempo e com qualidade capaz de gerar negócios”, observou Rui Minguês.

Para esse gestor bancário, com o surgimento das Sociedades de Garantia de Crédito, haverá melhorias no processo e mais confortos a todos os operadores bancários.

Lembrou que os recursos que os bancos captam são das empresas, das famílias e de  pessoas particulares, o que exige a sua entrega em mãos de gestores competentes e comprometidos  com a aplicação destes em negócios declarados, com retorno,  num processo a que considerou “virtuoso e não vicioso”.

Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração do Inapem, Arnito Agostinho, disse que em defesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME’s), se está a envidar esforços para apoiar o fomento  das Sociedades de Garantia de Crédito (SGC), no país.

No seu entender, as MPME’s continuam a contribuir para o desenvolvimento social e crescimento económico, com iniciativas inovadoras, muitas delas difíceis de se implementar por falta de Linhas de Créditos e outros instrumentos financeiros.

O difícil acesso a financiamentos e as taxas elevadas de juros, por parte de alguns bancos, foram apontados como principais dificuldades que certas empresas enfrentam.

Rui Minguês fez esse pronunciamento na conferência sobre “As vantagens  das Sociedades de Garantia de Crédito”,  co-organizada hoje pelo Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (Inapem), em parceria com o próprio BNA.

 

 



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