Gestão dos mares de Angola tem sido potenciada com meios modernos

     Economia           
  • Luanda     Terça, 24 Janeiro De 2023    12h46  
Vista parcial do Oceano atlântico
Vista parcial do Oceano atlântico
Pedro Parente-ANGOP

Luanda - A ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Evelize Neto dos Santos, disse na segunda-feira, em Kinshasa (República Democrática do Congo-RDC), que a gestão racional dos mares de Angola tem sido potenciada com meios modernos para assegurar o monitoramento marítimo-fluvial.

A governante angolana, que falava durante a sessão do Conselho de Ministros da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), realizada no âmbito da primeira Conferência Marítima da África Central, em Kinshasa, informou que o Governo de Angola criou uma comissão multissectorial para lidar com esta matéria.

Em alinhamento com a visão estratégica da África Central, da União Africana e das Nações Unidas, o Estado angolano aprovou, em Julho de 2022, a Estratégia Nacional para o Mar de Angola (ENMA) e o respectivo Plano de Acção, a ser desenvolvido no horizonte temporal 2022 a 2030. 

Com efeito, o mar de Angola é um dos sectores fundamentais do desenvolvimento nacional, centrado na visão da Economia Azul Sustentável, sendo uma das fontes de receitas que contribuem para o incremento do Produto Interno Bruto (PIB).

De acordo com a ministra, actualmente 80 por cento das receitas nacionais provêm das actividades marítimas, fluviais e lacustres, tais como a exploração de petróleo e gás, o transporte marítimo, a logística portuária, a aquicultura e pesca, o turismo fluvial, costeiro e marítimo, assegurando assim, a empregabilidade aos cidadãos e a sustentabilidade na exploração dos respectivos recursos.

Em relação à política de defesa e segurança marítima, Evelize Neto dos Santos realçou que Angola, como Estado-membro da CEEAC, apoia o protocolo de Kinshasa e os seus mecanismos regionais, nomeadamente o Centro Regional de Segurança Marítima da África Central (CRESMAC) e o Centro Inter-regional de Coordenação (CIC), enquanto projecta a implementação e a operacionalização do Centro Multinacional de Coordenação (CMC) da Zona A, que, de forma coordenada com os demais mecanismos vigentes, garantirá, certamente, uma maior segurança dos seus interesses vitais no mar e nos rios.

A ministra reafirmou, igualmente, a determinação e o empenho da República de Angola em cooperar para a Governança e a Segurança no espaço Marítimo da CEEAC e o Desenvolvimento de uma Economia Azul Sustentável na África Central.

Durante a sessão do Conselho de Ministros da CEEAC foi observado um minuto de silêncio em memória do ministro gabonês das Relações Exteriores, Michael Moussa Adamo, que morreu na sexta-feira, ao fim da tarde, em Libreville, após sofrer um ataque cardíaco durante uma reunião do Conselho de Ministros.

Moussa Adamo nasceu na cidade de Makokou, no nordeste do país, em 1961, e começou como apresentador de televisão nacional. Em 2000, foi nomeado chefe de gabinete do então ministro da Defesa, Ali Bongo.

Ao discursar na sessão de abertura do Conselho de Ministros da CEEAC, em Kinshasa, o ministro da Integração Regional e Francofonia da República Democrática do Congo, Didier Mazenga Mukanku, referenciou-o, Moussa Adamo, como um diplomata exemplar.



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