Gestora do BFA aponta desafios da banca angolana

     Economia           
  • Luanda     Sexta, 24 Fevereiro De 2023    17h20  
Centro de Estudo e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola realizou ou estudo (Foto Arquivo)
Centro de Estudo e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola realizou ou estudo (Foto Arquivo)
Rosário dos Santos - ANGOP

Luanda - A administradora do Banco de Fomento de Angola (BFA), Natacha Barradas, apontou, esta sexta-feira, o processo de equivalência da banca nacional junto da União Europeia e a eficácia no controlo do combate ao branqueamento de capitais, como principais desafios da banca angolana.

De acordo com Natacha Barradas, o sistema bancário angolano, nos últimos anos, tem sofrido algumas alterações positivas, quer seja no domínio da legislação, da autoridade reguladora - o Banco Nacional de Angola (BNA), bem como dos procedimentos operacionais.

Falando à margem da 1ª edição de uma mesa redonda promovida por ex-estudantes da Universidade Católica de Angola denominada “Alumni”, a administradora considerou que a banca tem dado passos progressivos para o bom funcionamento para se conformar às melhores práticas de governança.

Neste sentido, a responsável apontou que o BNA tem imprimido alguns instrutivos normativos como é o caso do aviso 10, algumas regras da governança corporativa, de riscos de capitais, liquidez e o “compliance” (obediência às leis, normas e procedimentos).

Na visão da gestora, a eficácia no combate ao branqueamento de capitais, a implementação da criptomoeda e do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), constituem, igualmente, desafios da banca nacional.

“O mercado bancário nacional precisa implementar a criptomoeda e o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). Já há alguns sinais neste sentido, mas o mercado não está habituado, por isso existe um árduo trabalho quer para o regulador bem como para as instituições bancárias.

No mesmo diapasão, o presidente da Comissão Executiva (PCE) do Banco Keve, Bruno Grilo, apontou a transformação e regulamentação do sistema financeiro nacional como crucial para a credibilidade e equivalência com as demais instituições congéneres e reguladores a nível do mundo.

“A banca enfrenta muitos desafios, particularmente sobre o modelo de governance, principais exercícios sobre a equivalência ao Banco Central Europeu, para permitir aos bancos nacionais terem acesso a maiores mercados e a correspondências”, considerou o especialista.

Na perspectiva do gestor, os bancos angolanos precisam igualmente focar-se nas boas práticas de compliance com uma aposta forte no controlo interno.

  Sobre a Alumni – UCAN

A Alumni-UCAN é um órgão criado em Fevereiro de 2015 que agrega os antigos estudantes, Alumni, da Universidade Católica de Angola (desde 1999) para que as conexões criem laços permanentes de desenvolvimento pessoal, profissional e da comunidade.



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