Gestores municipais querem reactualização da quota orçamental de combate à pobreza

     Economia           
  • Luanda     Quarta, 16 Dezembro De 2020    20h52  

Lubango - Os gestores públicos dos 14 municípios que compõem a província da Huíla, defenderam hoje, quarta-feira, no Lubango, a necessidade da reactualização dos 25 milhões de Kwanzas, atribuído mensalmente às administrações municipais, no âmbito das acções de combate à pobreza, para se atingir com êxito os objectivos preconizados.

A preocupação foi manifestada, à imprensa, durante o seminário de preparação e capacitação referente ao exercício económico 2021, promovido pela Unidade Técnica de Acompanhamentos e Supervisão do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza.

O evento serviu para capacitar e interagir com os principais intervenientes directos, no quadro da nova abordagem de implementação do programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza.

A estratégia visa obter maior protagonismo a nível local, com acções que contribuam para o alcance de resultados e de grande impacto junto das comunidades, reduzindo, deste modo, o índice de pobreza extrema das famílias e, consequentemente, assegurar o desenvolvimento humano e bem-estar da população.

Na ocasião, o administrador municipal do Lubango, Armando Vieira, realçou que o facto de serem recursos considerados especiais e provenientes de financiamento externo, é legítimo a sua actualização para o valor ter o peso que tinha há três anos, por altura do lançamento do programa.

“Hoje com 25 milhões faz-se pouco em relação a projectos de água, pois um pequeno sistema comunitário de água está entre 12 a 15 milhões de Kwanzas e o município é grande, ainda existe muita gente sem serviços básicos”, aludiu.

Acrescentou que, apesar disso, este ano, supriu-se 25% do valor para adquirir materiais de biossegurança para o sector da saúde, em sede da Covid-19.

Já a directora  municipal do gabinete de Planeamento e Estatística (GEP) da administração municipal do Chipindo, Cristina Monteiro, disse  que a nível do município quanto ao programa de combate à pobreza, conseguiram executar o projectos dos  antigos combatentes, no domínio da agricultura, e no mesmo valor acudiram o programa de combate à Covid-19.

“Os 25 milhões não são suficientes e o município de Chipindo carece de tudo um pouco  e o valor deveria ser mais elevado, para, de forma faseada, ir-se melhorando as condições de vida daquelas populações que vivem pobreza extrema”, referiu.    

Entretanto, o delegado das Finanças na província da Huíla, Carlos Jorge Hapata, admitiu que os fluxos de caixa da tesouraria, não são suficientes para fazer face aos desafios.

“Havendo noutras vertentes do orçamento, recursos escassos, sobretudo, na quota ordinária para as despesas correntes das próprias administrações, há aqui uma tentação das administrações poderem mexer nos recursos consignados locais para fazerem outras despesas e evitar isso, através da capacitação dos administradores, para que não se desviem dos eixos definidos, no âmbito desse programa de combate à pobreza”, concluiu.



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