Governador convida empresários a investirem no Cunje

     Economia           
  • Bié     Quarta, 07 Julho De 2021    11h37  

Cuito - O governador do Bié, Pereira Alfredo, convidou os empresários nacionais e estrangeiros a investirem na Pólo Industrial do Cunje, visando alavancar a economia, criando riqueza e emprego para a população.

Pereira Alfredo falava quarta-feira num encontro com os membros da MOYA - Associação de cariz social e filantrópico local, que visou recolher propostas para melhorar as políticas da actual governação.

Neste momento, segundo disse, o Governo continua a trabalhar para a criação das estruturas mínimas no Pólo Indústrial do Cunje, localizado sete quilómetros a Norte da cidade do Cuito, com vista a estimular os empresários. 

Da aposta do Governo consta a desminagem total do recinto, sendo que, dos mil e 900 hectares do Pólo Industrial, 250 foram desminados pelo Instituto Nacional de Desminagem (INAD), Forças Armadas Angolanas (FAA) e Brigada de Desminagem da Casa de Segurança do Presidente da República.

Sem dar muitos pormenores, o Governo local e o sector de tutela, tudo fazem no sentido de se colocar para breve a energia eléctrica e água potável, arruamentos e outras estruturas que facilitam o acesso àquela localidade.

Com cerca de 1.800 hectares, o Pólo Industrial do Cunje previa numa primeira fase 40 unidades fabris, tais como indústrias alimentares, de confecções, chapas de zinco, de instrumentos agrícolas, de louça de alumínio, cerâmicas, caixilharia, carpintaria, moageira e gráficas, bem como recauchutagens.

O lançamento da primeira pedra para a sua construção aconteceu em 2010. Prevê-se que o empreendimento, avaliado em 25 milhões de dólares norte-americanos possa criar mais de mil postos de trabalho.

Por falta de financiamento, até ao momento nada foi feito.

Outrossim, o governador Pereira Alfredo disse que outra aposta do governo passa pela organização do sector da agricultura, estimulando os camponeses organizados e população no geral a aumentar a produtividade, na perspectiva de corresponder, no futuro, às necessidades das unidades fabris.

Com 70 mil e 314 quilómetros quadrados e perto de dois milhões de habitantes, o sector da indústria na região controla 385 unidades fabris, entre cerâmicas, padaria, pastelarias, moagem, carpintaria, serralharias, serração de madeira, fábrica de bloco entre outras.

As unidades fabris garantem mil 436 empregos directos, 53 dos quais estrangeiros.

PRODESI propicia mais de doze mil empregos no Bié

Doze mil e 775 empregos, sendo dois mil e 775 directos, foram já criados com a implementação de projectos diversos, no quadro do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi), na província do Bié.

Com o PRODESI, o Governo pretende o aumento da produção, empregabilidade e da geração de renda para as famílias.

Pereira Alfredo notou que o Estado nunca pode ser o maior empregador, por isso, o governo, em parceria com a banca nacional, continua a criar oportunidades de negócios, estimulando o empreendedorismo no seio da juventude, e não só.

“O Bié tem jovens criativos que precisam somente de oportunidade. O sector público não consegue absorvê-los, daí que, devem preparar-se para que tenham acesso aos financiamentos e ao seu jeito trabalharem para desenvolver a província e consequentemente o bem-estar das famílias”, realçou.

No âmbito das medidas de alívio económico do impacto negativo da Covid-19, no Bié, o BDA tem um valor global para financiar de 642 milhões, 987 mil 652 kwanzas.

Foram candidatas ao BDA 26 empresas, das quais 22 concluíram os dossiers exigidos pelo banco e chegaram a assinatura do memorando junto do Instituto Nacional de Apoio a Pequenas e Micro Empresas (INAPEM).





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