Lubango – O governador da Huíla, Nuno Mahapi Dala, considerou hoje, que o anúncio do relançamento da exploração do ferro em Cassinga, no município da Jamba, por parte de empresários turcos, é uma oportunidade para diversificar a produção e incrementar a arrecadação fiscal para a província.
A exploração vai ser feita pela empresa turca Tosyali certificada após vencer um concurso internacional promovido em 2019 pelo Ministério dos Recursos Mineiras, Petróleo e Gás, que no momento está no local a criar as condições par dar início ao trabalho de exploração.
O governante disse que Cassinga já não é uma solução da província, mas de Angola, a julgar pelo mineral estratégico que possui.
“ Vamos aproveitar, uma vez que já se fez um grande investimento na linha férrea que liga o oceano Atlântico. Está aí também um oportunidade de geração de mais empregos”, continuou.
Apontou as áreas de minas, indústria e agricultura, turismo com potencial para serem investidos, mas os recursos humanos ainda são um desafio que requer atenção.
O contrato de exploração do projecto integrado de extracção de ferro e siderurgia de Cassinga está localizado na Jamba, a 350 quilómetros da cidade do Lubango, cujo projecto estava paralisado há mais de seis anos.
O mesmo conta com as minas de Cassinga e Cateruca, apresentando um potencial de 15 milhões de toneladas de ferro para uma década de exploração, numa ordem anual de 1.5 milhões de toneladas.
Dados da Empresa Nacional de Ferro de Angola (Ferrangol) indicam que entre 1967 e 1975, o Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM) transportou perto de 40 milhões de toneladas de concentrado de ferro de Cassinga, numa média anual de cinco milhões de toneladas.
Na exploração do ferro, o pico da actividade foi registado entre 1974 e 1975, período em que a produção atingiu o recorde de 5.5 milhões de toneladas.
Na década de 1960, a extracção de ferro ganhou peso depois do petróleo e diamante, na economia do país, tendo atingido o seu pico em 1974, para depois entrar em declínio o ano seguinte, em 1975.
