Saurimo - O governador provincial da Lunda sul, Daniel Neto, reiterou, nesta sexta-feira, o apelo no sentido dos empresários sul-africanos investirem no sector industrial, para permitir a transformação de vários produtos produzidos na região.
O governante fez o apelo durante um encontro com o grupo empresarial da rede comercial Shoprite, indicando também o sector da agro-pecuária, energias renováveis, hídricas, bem como indústrias transformadoras de sumos e outros derivados.
Daniel Neto disse que a província é rica em recursos hídricos, chove bastante e os camponeses e alguns fazendeiros produzem em grande escala o ananás, a manga e outros produtos, que se estragam por falta de indústrias transformadoras.
Para o governador, o supermercado Shoprite tem sido grande parceiro do governo, mas alertou no sentido de no capítulo da sua responsabilidade social fazer mais, ajudando nos sectores da educação, saúde e lazer, onde a população clama por diversos serviços nas zonas mais recônditas.
O governante convidou ainda os empresários sul-africanos a investirem na construção de um laboratório regional de certificação dos alimentos, para avaliar a qualidade e algumas anomalias que advêm destes, do campo ou industrializados.
Por seu turno, o director geral da rede Shoprite de Angola e Botswana, Salvador Emílio, disse que o objectivo da visita do grupo a Lunda Sul é de constatar outros ângulos de negócios, para serem investidos na região a um curto espaço de tempo.
Sublinhou que pretendem ainda reforçar os laços de cooperação com Angola, para que, ainda este ano, seja instalado o super mercado na província do Moxico e Cunene.
Outra novidade do grupo empresarial da rede Shoprite tem a ver com a aquisição dos produtos do campo a partir dos camponeses, para permitir baixar os preços e alguns produtos encarecidos, pelo facto de serem importados.
Quanto a sua responsabilidade social, reconheceu que tem sido exígua, mas alguma coisa tem sido feita, com realce para a distribuição de 15 mil sopas nos lares de acolhimento, através das cozinhas comunitárias e que o processo será extensivo este ano em algumas províncias do país.
Actualmente a rede, a nível do País, é composta de 25 supermercados e emprega mais de três mil trabalhadores nacionais.
