Governo aposta na modernização dos portos nacionais

     Economia           
  • Luanda     Segunda, 15 Novembro De 2021    18h51  
Terminal marítimo do Porto de Luanda
Terminal marítimo do Porto de Luanda
Pedro Parente

Luanda – O Governo angolano está apostado no fortalecimento e modernização dos portos nacionais, tornando-os inovadores, resilientes, sustentáveis e ao serviço da economia do país, da região austral e do espaço lusófono, informou esta segunda-feira, o ministro dos Transportes Ricardo D´Abreu.

Falando na sessão de abertura do XII Congresso da Associação dos Portos de Língua Portuguesa (APLOP), que decorre de 15 a 16, em Luanda, o governante disse que o Plano Director Nacional do Sector dos Transportes e Infra-estruturas em execução é um diploma moderno que projecta o desenvolvimento do sistema de transporte eficiente e seguro.

“O Plano Director Nacional do Sector dos Transportes e Infra-estruturas Rodoviárias tem uma visão para 20 anos, projectando o desenvolvimento de um sistema de transportes moderno, eficiente e seguro que atende às necessidades da movimentação de pessoas e bens”, enfatizou.

Nesta conformidade, o ministro indicou que este instrumento clarifica o papel do sector dos transportes, enquanto elemento facilitador e catalisador do crescimento e desenvolvimento económico, permitindo a aceleração da diversificação da economia, a integração regional e continental de Angola.

A estratégica, segue o dirigente, é estabelecer jurisdições portuárias com vocação específica económica e comercial, bem como assegurar que as empresas portuárias nacionais respondam efectivamente à dinâmica económica, com os mais altos padrões e facilitação da actividade marítima e portuária.

“Precisamos de estar alinhados com as melhores práticas e recomendações internacionais, nos domínios da governação corporativa, na eficiência operacional, na inovação tecnológica e da sustentabilidade ambienta”, apelou.

Segundo o ministro dos transportes, o potencial económico de Angola é considerável, tendo em conta a extensão dos 1600km de costa e a dimensão da plataforma atlântica.

 

Nesta perspectiva, Ricardo de D´Abreu destacou que o Porto de Luanda é o que mais movimenta carga contentorizada no país, com um volume de 80% das mercadorias que entram no país, seguidos dos portos do Lobito, Cabinda e Namibe.

“Angola tem outros portos pequenos como o do Soyo, província do Zaire, e do Porto Amboim, Cuanza Sul, que servem principalmente à indústria offshore de petróleo e gás”, salientou.

De acordo com o ministro, o sector marítimo portuário recebe uma aposta firme que passa por uma coordenação multissectorial, com vista a assegurar competências e desenvolvimento sustentável.

Para o efeito, o Governo está a fazer investimentos neste sector como é o caso da construção do Terminal de Águas Profundas do Caio em Cabinda, o Projecto de Desenvolvimento Integrado da Baia do Namibe e a reabilitação do Terminal do Saco Mar, para fins de facilitação da economia mineral da região sul do país.

Paralelamente, apontou, estão em fase de conclusão os terminais de carga e passageiros do Soyo e de Cabinda.

O governante salientou também que estão em curso, com parceria privada, investimentos para a promoção do Porto de Águas Profundas de Porto Amboím e do Projecto de Desenvolvimento Integrado da Barra do Dande.

Participam do XII Congresso da APLOP, representantes dos portos da lusofonia como Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São-Tomé e Príncipe, Timor Leste e Macau.

O certame decorre sob o lema “Portos da Lusofonia, Inovação, Resiliência e Sustentabilidade, ao serviço da economia dos países da Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)”.

Neste primeiro dia, estão em abordagem temas como inovação e digitalização dos serviços, estratégias de digitalização dos portos em Angola, resiliência dos portos portugueses e direito portuário nos países da CPLP”.

Para o segundo dia, estão reservados o debate sobre a internacionalização dos portos lusófonos, desafios da APLOP e parcerias estratégias para o sector do cruzeiro.





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