Governo prevê rácio da dívida pública na ordem dos 69% em 2024

     Economia           
  • Luanda     Quarta, 01 Novembro De 2023    14h05  
Pormenor da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo(Foto ilustração)
Pormenor da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo(Foto ilustração)
Cedida

Luanda - O secretário de Estado das Finanças e Tesouro, Ottoniel do Santos, disse, esta quarta-feira, em Luanda, que o Governo prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem 2.8%, com rácio da dívida pública total (interna e externa) de Angola na ordem dos 69% em 2024.

Falando na sessão de apresentação e exposição pública do Relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre as Perspectivas Económicas Regionais da África Subsariana: "Uma Luz no Horizonte?", sublinhou que o stock de dívida governamental está na ordem de 52 biliões de kwanzas, sendo 14 biliões (interna) e 38 biliões (externa), fazendo com que rácio da dívida, neste momento, esteja aproximadamente em 85%.

“Está muito acima do que foi o rácio no ano passado, mas temos confiança que, com a implementação dessas medidas, em 2023, e o ano de 2024, com o orçamento que está neste momento aprovado pelo Executivo e já nas mãos da Assembleia Nacional, possamos fechar o ano com um rácio da dívida PIB na ordem dos 69%”, frisou.

Ottoniel dos Santos considerou o ano 2023 como desafiante, tendo em conta que o preço do petróleo, quantidade produzida, taxas de juros nos mercados internacionais acabaram por condicionar a acção do Governo.

Acrescentou que, fruto das várias iniciativas que fomos desenvolvendo, tanto com o Banco Mundial como com o FMI, existem ferramentas que permitem enfrentar essas situações, por isso, foram identificados os desvios do Orçamento e implementadas medidas no sentido de mitigá-las.

Diz ser necessário efectuar cortes na despesa, quando há menos recursos, mas de forma optimizada para assegurar que, de facto, se possa manter as despesas essenciais para garantir o crescimento do país.

Dados disponíveis apontam que o rácio da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) saiu de cerca de 134%, em 2020, para menos de 60% em 2022.

A descida deveu-se a trajectória do crescimento económico que o país tem estado a registar, com menos necessidade de endividamento, pelo facto de estar a viver com superávites fiscais.HEM/AC





+