Malanje - O Programa Nacional de Investigação de Raízes e Tubérculos do Instituto de Investigação Agronómica (IIA) prevê, a médio prazo, o aumento do rendimento da mandioca, passando dos actuais 14 toneladas por hectare para 25 toneladas por hectare/ano, visando a elevação da produção do tubérculo no país.
A informação foi dada hoje pelo coordenador do referido programa, Moniz Paulo Mutunda, por ocasião do I Congresso Internacional da Mandioca, que se encerrou hoje.
Na ocasião, realçou que as 14 toneladas de mandioca por hectare dão a capacidade actual de uma produção anual de 11 a 13 milhões de toneladas do produto.
Apesar disso, há necessidade de se aumentar os níveis de produção de mandioca no país, pelo que o IIA tem vindo a criar, em parceria com o projecto de desenvolvimento da produtividade das culturas ao nível da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), variedades de mandioca tolerantes a pragas e outras doenças e utilização de tecnologias para correcção dos solos, adubação e nutrição mineral.
Por outro lado, disse haver pouco aproveitamento da mandioca na indústria farmacêutica, madeireira e petrolífera, quadro que deve ser invertido aliado ao combate à praga, através dos cuidados fitossanitários e introdução de variedades melhoradas.
O Congresso decorreu sob o lema “Alavancar a diversificação da economia com base na cadeia de valor da mandioca”, visando promover a cadeia de valor do tubérculo e seus derivados e contou com a participação de membros do Executivo, empresários, cooperativas agrícolas e especialistas de vários países do mundo, ligados à agricultura.
No evento, foram abordados temas como a "Promoção e aceleração do desenvolvimento industrial sustentável e inclusivo", "Estratégia da União Africana na dinamização do desenvolvimento da agricultura" e "Avanços científicos no desenvolvimento das ciências agrárias em Angola".