Luena – A implementação do Plano Nacional de Fomento para a Produção de Grãos (PLANAGRÃO), no Moxico, está dependente do aval da Comissão Interministerial que prepara a acção, segundo o director do gabinete provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas, António Sandjesse.
Em declarações hoje, sexta-feira, à ANGOP, o responsável disse que a província aguarda, ainda este ano, uma visita Interministerial para analisar e posterior aprovação dos documentos para o financiamento e implementação do projecto.
Prosseguiu que está em conclusão a recepção de candidaturas, uma vez que também o Instituto Geográfico e Cadastral de Angola (IGCA) está a culminar com a confecção dos croquis de localização das áreas escolhidas para o cultivo.
António Maia Sandjesse explicou que foram identificados na região, 16 localidades nos municípios do Luau, Camanongue, Cameia, Alto Zambeze e Bundas, para a produção em grande escala de trigo, arroz, soja e milho, numa extensão de 124 mil hectares.
Nessas jurisdições, segundo o director da Agricultura, há terras aráveis, rios, linhas de comunicação (caminho de ferro e estradas), para o progresso do PLANAGRÃO, um projecto que, além do Moxico, vai beneficiar o território da Lunda Sul, Lunda Norte e Cuando Cubango.
Gizado em 2022, o Programa conta com o financiamento do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), de mais de dois mil milhões de kwanzas e visa duplicar a produção de grãos até 2027, por formas a garantir a auto-suficiência alimentar no país.
A ideia é produzir até este período, seis milhões de toneladas desses quatros cereais por ano, contra as actuais cerca de 3,14 milhões de toneladas de grãos.
O projecto passa, igualmente, na rentabilidade dos solos, aumento de empresários agrícolas, emprego e na promoção da cadeia de valor, de forma a garantir uma renda fixa aos produtores, para além de reduzir a dependência da importação e assegurar a auto-suficiência e segurança alimentar. LTY/MS