Lubango – Produtores de Benguela, Namibe e Huíla, que expõem na cidade do Lubango a sua produção na 1ª edição da feira “Kitanda de Frescos”, consideram o certame uma alavanca para valorizar a produção local e a economia, pois ajuda a divulgar os produtos nacionais.
Em declarações à ANGOP, nesta cidade, à margem do certame comercial, que antecipa a quadra festiva, os mesmos que a iniciativa facilita à venda, pois inúmeras vezes não encontram mercado para escoar, logo, cada um encontra ali uma oportunidade para o fazer, para além de estabelecer contactos e trocar experiências do agro-negócio.
O pecuarista da Fazenda António Preto, do município da Humpata, Victor Preto, afirmou que em cada seis meses produzem mais de 15 toneladas de batata-rena, incluindo cebola, tomate, repolho, alface, mas não encontram mercado favorável, pelo que a feira torna-se uma montra para a partilha de experiência que se impõe.
João Chaves, pecuarista da província do Namibe, afirmou que faz abate de animais e tem carne em quantidade, bem como a reserva de peixe fresco, mas muitas o mercado não responde, pelo que eventos do tipo ajudam a encontrar novos destinos para a produção, sobretudo na Huíla e no Cunene.
Para o director comercial da empresa OWIKY, na Huíla, Luís Andrade, a Kitanda dos Frescos é uma chance de poder divulgar mais o mel que produz.
Por sua vez, o administrador municipal do Lubango, Lisender André, destacou que a realização da feira de frescos, serve para apresentar as potencialidades agropecuárias, como um mecanismo de melhor comercialização da produção nacional.
Acrescentou que é a maior e mais importante “vitrina” do país, necessitando apenas de potencializar este tipo de actividade, de modos a continuar a concorrer para a diversificação da economia e a aposta na produção de produtos locais.
“A intenção do executivo é de continuar a unir esforços para tirar os produtores da informalidade, ou seja, deve-se fazer parceria com todos actores envolvidos no ramo agro-pecuário, visando agregar valor, na perspectiva de gerar emprego e a renda familiar”, - disse.
A actividade com a duração de três dias é uma iniciativa da Cooperativa dos Criadores de Gado do Sul de Angola (CCGSA), conjuntamente com Federação Nacional das Cooperativa e Pecuaristas de Angola (FENCPA).
A feira está patente no recinto do Pavilhão da Nossa Senhora do Monte arredores desta urbe, tem como foco chamar a atenção aos compradores para a quantidade de bens de produção nacional muito usados nesta fase natalícia. JT/MS
