Luena sem gás butano há três semanas

     Economia           
  • Moxico     Segunda, 08 Novembro De 2021    16h41  
População a procura de Gás Butano
População a procura de Gás Butano
Laite Capuita Tito

Luena - A cidade do Luena, sede capital da província do Moxico, regista, há três semanas, escassez de gás butano, situação que preocupa a população local, constatou hoje a ANGOP.

A Sonangol inaugurou, a 19 de Outubro último, um ramal do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), construído desde a estação do Luena até ao Centro de Estocagem e Enchimento de Gás Butano da Sonangol, para aumentar o abastecimento de combustível e gás no Leste do país.

Dessa forma, a Sonangol pretendia evitar possíveis rupturas dos seus produtos, mantendo, no Centro de Estocagem, dois mil 250 metros cúbicos de combustível e 200 toneladas de gás butano no Centro de Enchimento.

Numa ronda realizada aos postos de revenda de gás butano, localizados na urbe e periferia, constatou-se falta de oferta do produto.

Em pelo menos sete lojas de venda de gás de cozinha visitadas pela ANGOP nos bairros Social, Aço, N’zanji, Alto Campo e Zorró, periferia do Luena, o cenário é de ausência do produto.

Ao falar à ANGOP, o sub-gerente de uma das agências de gás no bairro Aço, António Domingos, justificou que a carência do produto se deve ao atraso no fornecimento e reabastecimento aos agentes autorizados por parte do Centro de Enchimento e Distribuição de Gás da Sonangol.

“Na nossa agência que abastece outras duas pequenas lojas, antes destas três semanas de carência, entravam três camiões contra os dois actuais, com 400 botijas cada”, informou.

Lucas Cajila, gerente de uma outra loja de venda de gás, apontou como falha a irregularidade na distribuição de gás por parte do Centro de Enchimento e Distribuição, sobretudo, porque a distribuição é feita também para as províncias da Lunda Sul e Lunda Norte, por ser um centro regional. 

Reebok Justo, motorista de uma das agências de gás, disse que a pouca quantidade de gás que a província recebeu, por via dos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB), é o principal motivo da escassez de gás butano na região.  

Os citadinos Maria Azevedo e Eliseu Cazungo, tristes por esta situação, alegaram terem optado pelo carvão vegetal, que também registrou uma inflação, com o saco de 100 kgs a custar mil e 200 a mil e 500 kzs, em consequência da escassez de gás butano.





+