Madeira apreendida no Moxico poderá render Kz 150 milhões ao Estado

     Economia           
  • Moxico     Sexta, 15 Abril De 2022    11h17  
Exploração de madeira (ilustração)
Exploração de madeira (ilustração)
Cedida

Luena - Cento e cinquenta milhões de kwanzas é o valor que poderá ser arrecadado com o processo de venda de mil 256 metros cúbicos de madeira apreendida na província do Moxico, apurou hoje a ANGOP, no Luena.

O referido volume de madeira foi apreendido por ter sido explorado ilegalmente pelas empresas do sector, no último ano florestal.

O processo de venda da aludida madeira está a ser coordenado pela Empresa Pública Florestal de Madeira, constituída fiel depositária pelo Ministério da Agricultura e Pescas, segundo uma nota a que a ANGOP teve hoje acesso.

De acordo com o documento, o preço de venda está fixado em 135 mil kwanzas por metros cúbicos para a espécie Mussive e 110 mil kwanzas para Girassonde.

As empresas que oferecerem a melhor proposta e preencher os requisitos exigidos, serão consideradas vencedoras.

Em declarações à ANGOP, o chefe de departamento do Instituto de Desenvolvimento Florestal, no Moxico, Paulo Muacazanga, disse que sete empresas candidataram-se ao processo.

Lamentou a ausência de candidaturas de empresas responsáveis pela exploração ilegal da referida madeira, uma vez que tinham este direito, afirmando que a prioridade da venda vai recair para as organizações nacionais que actuam nessa cadeia produtiva.

 Madeireiros pedem redução do preço da venda

A Associação provincial dos Madeireiros do Moxico, por via do seu presidente, Frederico Salvador, considera "elevadíssimo" o preço que está a ser aplicado na venda da referida madeira.

Tendo em conta o tempo que separa entre o processo de exploração do produto, sua apreensão e o anúncio da venda, conforme o responsável, o preço da madeira deveria variar entre  80 mil a 85 mil kwanzas, por causa da sua depreciação.

Quanto a pouca adesão ao processo de candidaturas de empresas que tinham sido apreendidas com a madeira, o responsável denuncia a existência de uma campanha de "boicote" destes empresários, maioritariamente de nacionalidade chinesa.

"Esta madeira foi apreendida aos mesmos indivíduos, que eram tidos como fiéis depositários, e como a madeira encontra-se nos seus estaleiros, estão a fazer um espécie de greve", reforçou.

 





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