Malanje conta com apenas 4 empresas aderentes ao Serviço Feito em Angola

     Economia           
  • Malanje     Terça, 10 Outubro De 2023    17h21  
Administrador executivo do INAPEM, Osvaldo Rasgado
Administrador executivo do INAPEM, Osvaldo Rasgado
Nelson Costa-ANGOP

Malanje- Apenas quatro empresas em Malanje aderiram ao Serviço Feito em Angola (SFA), com o registo de dez produtos, número abaixo das expectativas, porquanto condiciona a divulgação da marca e produção nacional.

A informção foi dada hoje, terça-feira, nesta cidade, pelo administrador executivo do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), Osvaldo Rasgado, durante a apresentação e sensibilização dos empresários para adesão ao produto.

De acordo com o responsável, a par de Malanje, regista-se também fraca adesão de outras províncias, sendo que actualmente apenas 184 empresas aderiram ao Serviço no país, representando 703 produtos, sendo Luanda, com 384, Benguela com 58 e Huambo com 51, as de maior destaque.

Fez saber que existem 128 outros produtos registados no país, que aguardam pela certificação, mas ainda assim continua diminuta as expectativas, tendo em conta ao número de empresas existentes em Angola.

De acordo com o responsável, o “Feito em Angola” foi lançado em 2012, pelo Ministério da Economia e Planeamento, no quadro do programa Angola Investe, mas sem grandes resultados, tendo sido reactivado e restruturado em 2021 para dinamizar, fomentar e promover a produção nacional, mas apesar disso, é ainda fraca a sua adesão.

Por esse facto, apelou aos operadores económicos no sentido de aderirem e revolucionar o selo para que os produtos nacionais tenham maior visibilidade e credibilidade.

Por outro lado, Osvaldo Rasgado anunciou a realização em Novembro próximo da Expo-Feito em Angola, em Luanda e as empresas aderentes ao Serviço terão descontos de 55 por cento do valor de inscrição, o que pode estimular a adesão ao SFA.

Realçou que na primeira edição do evento, realizada em 2022, registou-se a presença de 16 províncias, embora com número reduzido de empresas, mas este ano espera-se a participação das 18 províncias e com maior participação.

Entretanto, o director executivo do INAPEM alertou a existência de produtos com selos Feitos em Angola falsificados, tendo exortado aos empresários a evitar essa prática, embora haja já uma inovação tecnológica de atribuição do mesmo, que dificulta a adulteração.

O acto culminou com a apresentação dos requisitos para adesão ao Produto Feito em Angola, nomeadamente a formalização da actividade económica por parte das empresas, cumprimento do processo de prestação de contas junto da Administração Geral Tributária (AGT), da Segurança Social e outras obgrigações fiscais.

O selo Feito em Angola é um código de barras que  permite aferir as informaçoes sobre origem, produção e outras informações do produto de origem angolana e visa fomentar a produção nacional e estimular o consumo, cuja materialização é de responsabilidade do INAPEM.

A campanha de sensibilização prossegue quarta-feira (11) na província do Cuanza norte. NC/PBC

 





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