Mavoio retoma produção de cobre em Agosto de 2023  

     Economia           
  • Uige     Quarta, 01 Dezembro De 2021    13h05  
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Meios de obras, na mina de Mavoio que retoma produção de cobre em 2023
Meios de obras, na mina de Mavoio que retoma produção de cobre em 2023
cedida
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Mina de Mavoio retoma produção de cobre em 2023
Mina de Mavoio retoma produção de cobre em 2023
cedida

Uíge – Com o início dos trabalhos de recavação (em Março de 2022) da mina subterrânea de Mavoio, localizada no município de Maquela do Zombo, província do Uíge, perspectiva-se, a partir de Agosto de 2023, a produção de 500 toneladas de cobre/dia.

A reabertura dos 500 metros de profundidade da galeria subterrânea terá a duração de 17 meses, sendo que a mina deixou de produzir há 49 anos, explicou o director-geral da empresa gestora do projecto, Zhu Sicai.
 
O responsável, que falava no final da visita do secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Correia Victor,  explicou que já foram feitas mais de 60 mil perfurações de sondagem, de 570 metros de profundidade, sendo que a partir de 2022 poderão ser feitas outras 40 mil perfurações.
 
Já na fase de estudo ambiental, o projecto mineiro, que conta agora com um novo parceiro, já investiu USD 60 milhões, prevê gastar,  neste mês de Dezembro, USD 16 milhões e outros 50 milhões em 2022.
 
A iniciativa criou 104 postos de trabalho, sendo 12 estrangeiros, e prevê triplicar quando entrar em funcionamento.
 
Em relação à segunda fase do projecto mineiro, explicou que  será concluído em três anos e poderá aumentar a produção de cobre de 500 toneladas para quatro mil  e 500 toneladas/dia.
 
Por sua vez, o secretário de Estado dos Recursos Minerais, Jânio Victor, que realizou uma visita de dois dias à província do Uíge, referiu não haver constrangimento no fornecimento de combustível na província, e que os projectos mineiros decorrem a bom ritmo.
 
Depois da visita aos projectos mineiros da província, Jânio Victor disse haver potencial de mineração na região, principalmente cobre, chumbo e manganês.


História e particularidades

Designada anteriormente por Empresa de Cobre de Angola (ECA), essa mina iniciou a sua efectiva actividade em 1938, numa extensão de aproximadamente 9684.5km2, até paralisar em 1972.


Naquela altura, sob gestão do colono portugês, a empresa funcionava com mais de três mil efectivos, tendo registado a primeira paralisação em 1961, devido ao início da Luta Armada para a Libertação de Angola.


Como consequência, os trabalhadores e a população emigraram para a República Democrática do Congo (RDC), pelo que a mina só voltou a ser reaberta depois de nove anos, em 1970, numa cooperação com os mineiros japoneses.


Naquela fase, os furos eram de maior profundidade e exigiam maior esforço e com poucos lucros, associado ao uso de métodos rudimentares que se justificavam na altura, mas hoje arcaicos e quase que totalmente ultrapassados ou fora de uso.


A mina de Mavoio voltou a paralisar, pela segunda vez, em 1972, e os japoneses regressaram ao seu país.


 





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